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99Food implementa nova taxa e irrita consumidores

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O aplicativo de delivery 99Food voltou a gerar debate entre consumidores nesta semana ao introduzir uma nova taxa de serviço em seus pedidos. A cobrança, que varia de acordo com o valor do pedido e a região, aparece apenas na tela de fechamento das entregas — surpreendendo usuários que, até então, não pagavam qualquer adicional pelo processamento de pagamento.

A cobrança inesperada e a reação dos consumidores

Usuários começaram a relatar a presença da nova taxa de serviço no dia 12 de dezembro, de acordo com monitoramento realizado pelo Tecnoblog. Nas redes sociais, especialmente na plataforma X (antigo Twitter), o descontentamento se espalhou rapidamente. Alguns consumidores criticaram o fato de terem de pagar tanto a entrega quanto uma taxa adicional, sem explicação clara sobre sua origem.

Tela de pedido com taxa de R$2,28 adicionada
Pedido de R$41,28 recebeu acréscimo de R$2,28, equivalente a cerca de 5,5% do valor total

Um usuário publicou: “Lá se vai mais um app de delivery”. Outro ironizou: “Morreu novinha”. Embora o valor adicionado seja relativamente pequeno — cerca de R$2,28 em um pedido de R$41,28 no Rio de Janeiro —, a cobrança de 5,5% acendeu o alerta sobre a transparência adotada pelo aplicativo.

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Qual o motivo da nova taxa de serviço?

Print da resposta oficial da 99 explicando a taxa de serviço
Perfil oficial da 99 alega que a taxa cobre custos de processamento de pagamento

Quando questionada por consumidores, a conta oficial da 99 informou que a taxa é destinada ao processamento de pagamentos online, uma prática semelhante à já adotada por outras plataformas de delivery. No entanto, a empresa ainda não divulgou um valor fixo ou percentual exato da cobrança, que parece variar conforme cada pedido.

O Tecnoblog entrou em contato com o departamento de comunicação da 99 para mais esclarecimentos, mas até o momento da publicação não obteve resposta. Assim como outras plataformas do setor, o app mantém uma política de atualização constante das taxas, o que dificulta a comparação direta entre pedidos realizados em diferentes cidades.

Comparação com o iFood e o impacto no setor

A movimentação do 99Food lembra o que ocorreu com o iFood em 2024, quando a empresa passou a cobrar uma taxa de R$0,99 por pedido — valor que posteriormente dobrou para R$1,99 para parte dos consumidores. Na época, o modelo também gerou questionamentos, já que o serviço não explicava com clareza o destino da cobrança. No caso do 99Food, a explicação é similar: os custos de operação digital e manutenção da plataforma.

Com mais de 17 mil restaurantes parceiros e cerca de 50 mil entregadores no Brasil, a 99Food declarou recentemente que continua expandindo seus serviços por cidades como Campinas e Salvador. O retorno da plataforma ao país em 2025 buscava fortalecer a competição contra gigantes já consolidados, mas a nova taxa pode afetar a percepção dos consumidores quanto à confiabilidade do app.

Efeito nas relações entre restaurantes, entregadores e usuários

Especialistas apontam que a introdução de tarifas de serviço em plataformas digitais é reflexo de um modelo de negócio em busca de sustentabilidade financeira, dado o alto custo operacional e a crescente pressão por remunerações justas aos entregadores. Apesar disso, consumidores exigem maior transparência sobre o destino exato das taxas aplicadas — principalmente quando não há comunicação clara antes da finalização do pedido.

Alguns restaurantes parceiros também expressaram preocupação sobre o impacto dessas cobranças na decisão de compra. O acréscimo, ainda que pequeno, pode levar parte dos clientes a migrar para aplicativos concorrentes que exibam preços mais previsíveis no fechamento da compra.

O que esperar do futuro do delivery digital

O caso da 99Food reforça um padrão de comportamento crescente no setor: o de repassar custos de manutenção, integração e processamento aos consumidores finais. Segundo analistas de mercado, esse modelo tende a permanecer enquanto as empresas de delivery buscam um equilíbrio entre lucratividade e competitividade.

Entretanto, há uma linha tênue entre ajustes legítimos e práticas consideradas abusivas pelo público. A falta de clareza na comunicação pode comprometer a credibilidade de uma marca e gerar desgaste em canais digitais — especialmente em uma era em que opiniões se espalham rapidamente nas redes.

Taxa de serviço no delivery

Refere-se à cobrança adicional aplicada por plataformas de entrega para cobrir custos operacionais, pagamento eletrônico e manutenção de sistemas. Embora comum em apps como iFood e Rappi, a transparência sobre seu cálculo ainda é questionada.

  1. Por que o 99Food está cobrando taxa de serviço?

    A empresa afirma que a taxa cobre custos de processamento de pagamentos online, permitindo manter a operação do app em múltiplas cidades do Brasil. No entanto, o valor é variável e ainda carece de transparência total.

  2. Todos os pedidos do 99Food têm essa taxa?

    De acordo com monitoramentos iniciais, a taxa aparece em praticamente todos os pedidos realizados após 12 de dezembro de 2025, embora o percentual varie conforme o restaurante e a cidade.

  3. O valor da taxa é fixo?

    Não. O acréscimo identificado até o momento varia entre 3% e 6% do valor total do pedido, com base em comparações feitas por consumidores nas redes sociais.

  4. Essa prática é semelhante à do iFood?

    Sim. O iFood já cobra taxas de serviço desde 2024, com valores entre R$0,99 e R$1,99 por pedido. A 99Food replicou modelo semelhante, ajustando seu método de cobrança percentual.

  5. Há como contestar ou evitar a taxa?

    Atualmente, não há opção para burlar a cobrança dentro do app. Especialistas orientam consumidores a acompanhar comunicados oficiais e exigir transparência no cálculo da taxa.

Considerações finais

A nova taxa de serviço do 99Food reacende um debate essencial sobre transparência e equilíbrio de custos no setor de delivery. Embora a empresa alegue que a cobrança cobre o processamento de pagamentos, os usuários pedem informações mais detalhadas e previsibilidade para evitar surpresas. A continuidade dessa prática dependerá de como a 99 equilibrará suas necessidades financeiras com a confiança dos consumidores.

Diogo Fernando

Apaixonado por tecnologia e cultura pop, programo para resolver problemas e transformar vidas. Empreendedor e geek, busco novas ideias e desafios. Acredito na tecnologia como superpoder do século XXI.

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