Itaú alerta sobre golpe com número oficial e explica spoofing
O Itaú Unibanco emitiu um aviso urgente aos clientes após identificar uma nova fraude telefônica que usava números oficiais do banco para enganar correntistas. A técnica, conhecida como spoofing, permite que golpistas falsifiquem o identificador de chamadas, fazendo com que uma ligação pareça vir de um número legítimo como (11) 3004‑7717 ou (11) 4004‑4828. Com essa manipulação, criminosos têm conseguido roubar senhas, dados pessoais e até induzir transferências financeiras fraudulentas.
Tabela de conteúdos
Como ocorreu o golpe e o que é spoofing
O golpe não envolveu invasão aos sistemas do Itaú nem vazamento de dados internos. Em vez disso, os criminosos exploraram falhas no sistema de telefonia para mascarar o número de origem da chamada. Quando o correntista atendia, acreditava falar com a central de relacionamento do banco. O contato seguia com mensagens alarmistas sobre supostas transações suspeitas, criando um ambiente de emergência que levava a vítima a compartilhar informações sensíveis ou autorizar movimentações financeiras para cancelar operações inexistentes.

O spoofing telefônico é um método em que fraudadores manipulam o identificador de chamadas para exibir um número confiável. Essa técnica é amplamente usada em golpes de phishing e de engenharia social. Segundo especialistas em cibersegurança, o maior perigo está na credibilidade automatizada atribuída aos números já conhecidos: o cliente confia na tela do telefone, sem desconfiar que a chamada pode ser forjada.
O alerta do Itaú e as medidas de proteção
De acordo com comunicado do Itaú, divulgado em 15 de dezembro de 2025, o banco nunca solicita senhas, códigos de autenticação ou transferências por telefone, nem mesmo em chamadas que aparentam ser de números oficiais. A instituição reforçou que, em caso de dúvida, o cliente deve desligar imediatamente e retornar o contato por meio dos canais verificados do aplicativo oficial ou do site.
- O banco jamais solicita que o cliente diga sua senha ou token por telefone;
- Nunca pede transferências para cancelar transações ou recuperar valores;
- Em situações suspeitas, apenas confirma se a operação foi realmente realizada;
- Em caso de ligação suspeita, desligue e refaça o contato pelos canais oficiais.
O Itaú implementa, em parceria com operadoras de telefonia, projetos que visam reduzir fraudes por falsificação do ID de chamadas. No entanto, especialistas apontam que a educação digital ainda é a principal defesa. Quanto mais conhecedores os clientes forem sobre práticas de segurança, menores as chances de cair em armadilhas.
Impacto do golpe e repercussão no setor financeiro
De acordo com o portal UOL, esse tipo de golpe não atinge apenas correntistas do Itaú: qualquer instituição financeira pode ser vítima do mesmo método. Isso ocorre porque o spoofing não depende de acesso interno aos servidores dos bancos. O problema se origina na estrutura das operadoras de telefonia, que ainda não possuem mecanismos totalmente eficazes para autenticar o número de origem de uma ligação.
Entidades do setor bancário, como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), têm reforçado campanhas de conscientização. Em comunicados recentes, a federação lembrou que os bancos nunca pedem ações emergenciais por telefone e incentivam o uso de canais digitais autenticados, como os aplicativos e sites oficiais. Além disso, o Banco Central e a Autoridade Nacional de Proteção de Dados estudam medidas que tornem obrigatório um novo protocolo de autenticação nas chamadas, similar ao padrão STIR/SHAKEN já implementado em países como os Estados Unidos.
Como se proteger de golpes telefônicos
Mesmo que o número exibido na tela do celular seja o da central do banco, é fundamental adotar cautela. O recomendável é não fornecer nenhuma informação sensível, como senha, CPF, token ou número de cartão. Clientes devem priorizar o contato ativo: ligar para o banco a partir de outro aparelho e confirmar o ocorrido.
- Desconfie de urgências: Falsas emergências são o gatilho mais usado pelos criminosos.
- Não confie apenas no número exibido: Ele pode ser adulterado por spoofing.
- Use canais oficiais: Faça contato sempre pelo aplicativo ou site do banco.
- Atualize-se sobre golpes: Acompanhe alertas de segurança nas comunicações oficiais.
- Denuncie: Registre boletim de ocorrência e comunique à Ouvidoria do banco.
O papel das operadoras e a necessidade de novas tecnologias
As operadoras brasileiras atuam junto à Anatel para implementar mecanismos semelhantes ao STIR/SHAKEN, protocolo que certifica a veracidade do número de origem de uma chamada antes de entregá-la ao consumidor. Embora ainda em fase de estudo, essa medida é considerada fundamental para conter o avanço do spoofing.
Enquanto isso, bancos e órgãos públicos mantêm um esforço de comunicação contínuo, adotando alertas em seus aplicativos, campanhas de redes sociais e mensagens SMS. A coordenação entre instituições financeiras, operadoras e órgãos reguladores será essencial para mitigar os danos e retomar a confiança nos canais de atendimento telefônico.
Perguntas frequentes sobre golpe com número oficial do Itaú
O que é spoofing e como ele funciona?
Spoofing é uma técnica de falsificação do número de origem de ligações. Criminosos alteram o identificador de chamada para que um número confiável, como o do banco, apareça na tela do celular, enganando o usuário.
Como saber se uma ligação do banco é verdadeira?
Desconfie de ligações que pedem senhas, tokens ou transferências. Caso receba um contato suspeito, desligue e refaça a ligação por um canal oficial do banco.
O Itaú teve vazamento de dados?
Não. Segundo o Itaú, o golpe não envolveu invasão ou vazamento de informações internas. Os criminosos apenas mascararam o número de origem das chamadas.
O que fazer se cair em um golpe de spoofing?
Entre em contato imediatamente com o banco, registre boletim de ocorrência e comunique o Procon. Bloqueie o chip para evitar novas tentativas.
Considerações finais
O caso do spoofing do Itaú expõe a sofisticação cada vez maior dos golpes digitais e reforça a importância da conscientização entre usuários de serviços financeiros. Apesar das iniciativas das operadoras e dos bancos, a melhor defesa continua sendo a atenção e a desconfiança saudável diante de contatos inesperados. Entender como funciona o spoofing e reconhecer sinais de fraude são passos essenciais para manter a segurança digital em um cenário de ameaças crescentes.

