CD Projekt Red vende GOG para Michal Kicinski e marca nova fase da loja digital
A CD Projekt Red, conhecida mundialmente por franquias como The Witcher e Cyberpunk 2077, anunciou nesta segunda-feira (29) a venda da GOG (Good Old Games) para seu antigo cofundador, Michal Kicinski. O retorno do empresário à liderança da plataforma representa um marco significativo na história da loja digital, que sempre se destacou por oferecer títulos clássicos sem DRM e promover a preservação dos jogos.
Kicinski, que cofundou tanto a CD Projekt quanto a GOG, retorna para retomar o controle da loja quase duas décadas após seu lançamento. Em comunicado oficial, a equipe da plataforma destacou que essa mudança visa “reforçar a visão original” da GOG como espaço que valoriza jogos independentes, liberdade de compra e a celebração de títulos históricos. Segundo o novo comando, o foco permanece em preservar clássicos e ao mesmo tempo incentivar o surgimento dos “clássicos de amanhã”.
O que muda com o retorno de Michal Kicinski à GOG
Segundo o anúncio, nada muda para os usuários atuais. Todos os jogos comprados continuarão disponíveis, e a relação da CD Projekt Red com a GOG permanece. Isso significa que os próximos lançamentos da desenvolvedora também continuarão sendo distribuídos pela plataforma. A diferença principal está na gestão estratégica, que agora busca explorar novas formas de compatibilidade, modernização de catálogo e restauração de títulos antigos.
Em entrevista ao portal especializado Polon Gaming, Kicinski explicou que o propósito da recompra é reforçar os valores fundamentais da GOG: liberdade, independência e controle genuíno sobre os jogos adquiridos. Ele ainda afirmou que será intensificado o Programa de Preservação, um projeto interno que trabalha para tornar games antigos jogáveis em sistemas modernos, especialmente Windows 10 e 11.
Planos para 2026 e 2027: expansão e resgate de clássicos
No comunicado, a empresa adiantou que pretende iniciar “missões de resgate ainda mais ambiciosas” nos anos de 2026 e 2027, sem entrar em muitos detalhes. A expectativa é que essas iniciativas incluam novas parcerias com desenvolvedores independentes, versões remasterizadas de jogos icônicos e colaboração com comunidades que mantêm jogos clássicos ativos por meio de mods e atualizações não oficiais.
Especialistas apontam que esse movimento se alinha à tendência de preservação digital no setor de games. Em entrevista ao portal GameSpot Europe, o analista Tomasz Nowak comentou: “A indústria finalmente compreende que os jogos são parte do patrimônio cultural contemporâneo, e plataformas como a GOG assumem papel fundamental nesse processo”.
Breve história da GOG: dos clássicos à era moderna
Lançada oficialmente em 2008, a GOG nasceu com a proposta de devolver ao público o acesso a games que haviam desaparecido das lojas digitais. Seu diferencial sempre foi a política DRM-free — ou seja, sem restrições de uso. O modelo conquistou uma base fiel de jogadores que valorizam posse verdadeira e compatibilidade duradoura.
Com o tempo, a plataforma expandiu seu catálogo para incluir títulos independentes e lançamentos contemporâneos, mantendo o foco na acessibilidade. Parcerias com grandes editoras como Ubisoft e Electronic Arts ajudaram a solidificar seu nome, mas a concorrência crescente com plataformas como Steam e Epic Games Store tornou a competição mais acirrada e exigiu reinvenção constante.
O legado da CD Projekt Red no mercado digital
Mesmo após a venda, a CD Projekt Red manterá parceria com a GOG, garantindo distribuição exclusiva de seus títulos e participação consultiva no futuro da loja. O estúdio polonês reitera que a decisão visa focar mais em seus grandes projetos, como o próximo capítulo de The Witcher e o novo RPG no universo de Cyberpunk.
Impacto para os jogadores e para o mercado de games
Para os consumidores, a notícia é positiva: não haverá perdas de biblioteca, alterações em contas existentes nem mudanças estruturais no modelo econômico da plataforma. O GOG Galaxy, cliente digital da loja, continuará funcionando normalmente e recebendo atualizações. Além disso, o retorno de Kicinski reacende o otimismo quanto à preservação e à curadoria de títulos históricos.
O movimento também pode fortalecer a imagem da GOG como contraponto ético à monopolização de marketplaces digitais, uma vez que a plataforma segue firme em seu compromisso com o consumidor: sem DRM, sem assinaturas e com compra única.
Considerações finais
Com a volta de Michal Kicinski, a GOG parece ter redescoberto suas raízes. A aposta em transparência, liberdade e valorização da história dos videogames reforça sua posição como uma das poucas plataformas realmente comprometidas com o jogador. O futuro mostrará se essa reestruturação será suficiente para manter a GOG relevante em um mercado competitivo e em rápida transformação.
Quem é Michal Kicinski, novo dono da GOG?
Michal Kicinski é cofundador da CD Projekt Red e da GOG. Ele retorna ao controle da plataforma após anos de afastamento, com foco em revitalizar a marca e priorizar a preservação de jogos clássicos.
O que muda para os usuários da GOG após a venda?
Nada muda para os usuários. Todas as bibliotecas, jogos comprados e funcionalidades do GOG Galaxy permanecem inalteradas. A relação entre CD Projekt Red e GOG também será mantida.
Quais os planos da GOG para os próximos anos?
A loja planeja ampliar seu Programa de Preservação, lançando novas iniciativas entre 2026 e 2027 para restaurar e distribuir games antigos, além de fortalecer parcerias com estúdios independentes.
Fonte: Comunicado Redes Sociais, Site Oficial

