Falha AWS derruba sites globais; serviços afetados
Uma falha operacional de larga escala na Amazon Web Services (AWS) provocou instabilidade e quedas em sites e aplicativos no mundo todo nas primeiras horas desta segunda-feira. Os primeiros sinais de erro foram percebidos por volta das 4h (horário de Brasília), com aumento de latência e taxas de falha em serviços críticos na costa leste dos EUA, afetando plataformas de grande porte. Às 6h01, a AWS relatou sinais significativos de recuperação e segue trabalhando para normalizar totalmente o ambiente.
Resumo rápido da falha AWS: falha na região leste dos EUA (us-east), erros e latência elevados desde ~4h BRT; AWS indica recuperação progressiva desde 6h01 e segue mitigando pendências.
Tabela de conteúdos
O que aconteceu e quando
A interrupção teve início na madrugada, com registros de timeouts, respostas com erro e degradação de desempenho em múltiplos serviços de nuvem. Segundo comunicações oficiais, a origem do incidente está relacionada à infraestrutura na costa leste dos Estados Unidos, que serve de base para parte expressiva do tráfego global. O impacto foi percebido em aplicações consumidoras e corporativas, especialmente aquelas que dependem de APIs, autenticação, filas e bancos de dados hospedados na AWS.
Região afetada | Costa leste dos EUA (us-east) |
Início dos problemas (BRT) | ~4h00 |
Situação às 6h01 | “Sinais significativos de recuperação” |
Status atual | Mitigação contínua e normalização gradual |
Serviços e sites afetados: AWS fora do ar
Entre os principais serviços que reportaram instabilidade e indisponibilidade estão plataformas de comércio eletrônico, bancos digitais, games, streaming, mensageria e produtividade. Usuários relataram falhas de login, carrinhos indisponíveis, check-out interrompido, erros em assistentes de voz e perda temporária de funcionalidades.
- Mercado Livre e Mercado Pago
- iFood
- Alexa
- Disney+
- Slack
- Zoom
- PayPal
- Duolingo
- McDonald’s
- PlayStation Network
- Epic Games
- Perplexity
- AT&T
- Delta Air Lines
- Snapchat
- Wordle
- Hulu
- Ring
- Signal
- Pokémon Go
- Wellhub
- Lyft

Além disso, companhias aéreas registraram dificuldades para localizar reservas, realizar check-in e despachar bagagens. Jogos online como Roblox e Fortnite passaram por interrupções, enquanto a plataforma de criptomoedas Coinbase relatou falhas de acesso. O serviço de design Canva também apontou aumento de erros e perda de funções decorrentes do incidente na nuvem.
Repercussão nas redes e no cotidiano: Queda da AWS
Desde cedo, usuários recorreram às redes sociais para relatar instabilidades, especialmente no controle de dispositivos domésticos inteligentes via Alexa (rotinas que não iniciavam, comandos com erro e respostas atrasadas). Também surgiram memes e relatos de humor sobre a dependência generalizada da nuvem, evidenciando como interrupções desse tipo têm efeito dominó sobre o cotidiano.



O que disse a Amazon sobre AWS fora do ar
Em atualização oficial publicada na página AWS Health, a empresa informou que a maioria dos pedidos de recuperação já estaria sendo concluída, embora ainda houvesse acúmulo de requisições pendentes em alguns componentes. A equipe técnica disse atuar em múltiplas frentes para acelerar a retomada e reduzir a fila de erros e latências residuais.
“Identificamos a origem do problema e implementamos medidas corretivas. Observamos sinais significativos de recuperação e seguimos monitorando para restaurar completamente o serviço.”
Comunicações de status da AWS
Por que uma falha na nuvem afeta tanta gente
A AWS é a maior plataforma de computação em nuvem do mundo, oferecendo infraestrutura para armazenamento, aprendizado de máquina, streaming, bancos de dados, redes e hospedagem de aplicações. Empresas adotam a nuvem para terceirizar servidores, ganhar elasticidade, reduzir custos e acelerar lançamentos. Na América Latina, organizações como Banco Inter, Mercado Livre, Nubank e Zé Delivery estão entre os clientes; globalmente, nomes como Pinterest, Epic Games e Moderna utilizam recursos da AWS.
Apesar do desenho com zonas de disponibilidade e redundâncias, incidentes localizados em regiões populares — como a costa leste — podem provocar efeitos amplos quando sistemas dependem de um mesmo núcleo de serviços (autenticação, filas, cache, armazenamento de objetos, bancos de dados gerenciados). A boa prática é distribuir cargas de trabalho entre múltiplas regiões e projetar rotas de failover, reduzindo pontos únicos de falha e possibilitando retomada mais rápida.
Como acompanhar e o que fazer com a AWS fora do ar
- Verifique o painel de status (AWS Health) para atualizações oficiais e janelas de recuperação.
- Monitore indicadores de sua aplicação (latência, erros 5xx, filas) para identificar quando a estabilidade voltar.
- Se possível, ative estratégias de circuit breaker e timeouts agressivos para evitar cascatas de falhas.
- Escalone equipes de SRE/DevOps para ajustes de capacidade e rotas de contingência.
- Comunique usuários e clientes sobre o status, definindo expectativas realistas de restabelecimento.
Perguntas Frequentes sobre falha AWS
Quais serviços foram mais afetados pela falha da AWS?
Serviços populares como comércio eletrônico, apps de entrega, plataformas de streaming, mensageria e games tiveram instabilidade. Relatos citam Mercado Livre, iFood, Disney+, Slack, Zoom, Alexa, Coinbase, PlayStation Network, Epic Games e Lyft entre outros. A extensão do impacto varia por região, arquitetura e dependências específicas de cada aplicação.
A AWS já normalizou totalmente os serviços?
A AWS reportou “sinais significativos de recuperação” após as 6h01 (BRT) e atua para eliminar pendências. A normalização completa depende do escoamento das filas de requisições e da recuperação de componentes críticos. O status pode variar por serviço (como bancos de dados, armazenamento e autenticação) e por região afetada.
Por que um incidente em us-east impacta tantos sites?
A região leste dos EUA concentra grande volume de workloads e serviços gerenciados. Dependências centrais (autenticação, filas, storage, DNS) podem criar gargalos; quando há latência e erros, o efeito dominó atinge aplicações que não têm failover multi-região. Arquiteturas resilientes reduzem esse risco distribuindo cargas e usando tolerância a falhas.
O que empresas e usuários podem fazer durante a queda?
Empresas devem monitorar métricas, ajustar timeouts, ativar circuit breakers e comunicar clientes sobre o status. Usuários podem tentar funções offline, aguardar novas tentativas e consultar o painel de status oficial para acompanhar a recuperação. Evitar operações críticas até a estabilização reduz perdas e frustrações.
Falhas como esta são comuns na AWS?
Interrupções de larga escala na AWS são raras, mas quando ocorrem têm grande repercussão. A plataforma adota múltiplas camadas de redundância e zonas de disponibilidade para mitigar incidentes. Mesmo assim, dependências centralizadas e picos de demanda podem provocar degradações momentâneas em serviços-chave.
Considerações finais
A Queda da AWS desta segunda-feira evidencia a dependência massiva de serviços de nuvem e a necessidade de arquiteturas com redundância regional, mecanismos de failover e comunicação clara com o usuário final. Embora a Amazon já sinalize recuperação consistente e trabalhe para zerar filas e latências, eventos desse tipo reforçam a importância de testes de resiliência, planos de contingência e observabilidade contínua. Para o público, a recomendação é acompanhar os canais oficiais, evitar transações críticas durante as janelas de instabilidade e, quando possível, optar por recursos offline até que todos os sistemas sejam plenamente restabelecidos.