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DeepMind lança Genie 3, modelo crucial para a AGI em IA

O Google DeepMind anunciou oficialmente o Genie 3, seu mais recente modelo de mundo fundamental. Considerado um avanço essencial para o desenvolvimento da inteligência artificial geral (AGI), Genie 3 promete elevar a capacidade de simular ambientes realistas, interativos e inovadores, fundamentais para o próximo salto tecnológico na IA. Lançado em agosto de 2025 em status de prévia de pesquisa, o Genie 3 surge como a principal aposta para treinar agentes IA com experiências comparáveis à aprendizagem humana.

O que é o Genie 3 e por que ele é revolucionário?

Apresentado por Shlomi Fruchter, diretor de pesquisa da DeepMind, o Genie 3 é descrito como o primeiro modelo de mundo de uso geral, interativo e em tempo real, superando limitações dos modelos focados em ambientes restritos das gerações anteriores. “Ele não é específico de um cenário; pode gerar mundos foto-realistas, imaginários e tudo que está entre eles”, destacou Fruchter em coletiva à imprensa.

Demonstração real de interatividade do Genie 3

Diferenças entre Genie 3, Genie 2 e Veo 3

O Genie 3 evolui diretamente do Genie 2, que já era capaz de criar novos ambientes para agentes IA. Agora, o novo modelo permite gerar minutos inteiros – e não apenas segundos – de ambientes 3D diversos, interativos, com 24 quadros por segundo e resolução de 720p, através de prompts de texto simples. Incorporando avanços do modelo Veo 3, o Genie entende e respeita as leis da física, garantindo consistência física ao longo do tempo nas simulações geradas. Isso proporciona experiências muito mais ricas, coerentes e fáceis de serem aproveitadas para aprendizado autodirigido de agentes IA.

Genie 3 cria ambientes 3D interativos a partir de prompts

Potencial para revolucionar o caminho rumo à AGI

O principal diferencial do Genie 3 está em sua capacidade emergente de “lembrar” o que já foi gerado, criando mundos fisicamente plausíveis de maneira autoadaptativa. Jack Parker-Holder, pesquisador da equipe de open-endedness da DeepMind, explicou que isso é crucial para treinar agentes IA em situações realísticas e complexas, sobretudo para aplicações de robótica avançada e sistemas autônomos.

“Acreditamos que modelos de mundo são chave para a AGI, especialmente para agentes incorporados, onde simular cenários de mundo real é um desafio à parte”, afirmou Parker-Holder.

Jack Parker-Holder, DeepMind
Evento dinâmico gerado no Genie 3 via prompt textual

Como funciona o Genie 3: interatividade e física aplicada

A arquitetura auto-regressiva permite ao Genie 3 decidir o que acontecerá em cada novo frame, com base no estado anterior do ambiente gerado. Assim, o modelo pode simular, por exemplo, o efeito de um copo balançando na beirada de uma mesa ou a trajetória de um objeto caindo, empregando uma intuição física semelhante à humana. Isso amplia as possibilidades para treinamentos em tarefas gerais, onde agentes precisam explorar, planejar e aprender com tentativa e erro.

Limitações e próximos desafios

Apesar de ser um avanço notório, o Genie 3 ainda enfrenta restrições práticas: as operações contínuas nos ambientes criados se limitam a poucos minutos, e a quantidade de agentes autônomos interagindo ao mesmo tempo é reduzida. Além disso, embora eventos no mundo gerado possam ser alterados via prompt, nem sempre essas intervenções partem das ações dos agentes em si, restringindo simulações de interações cooperativas ou competitivas complexas.

Impacto e expectativas para o futuro da IA

O Genie 3 representa uma evolução substancial ao permitir que agentes busquem novos objetivos, arrisquem, se adaptem e aprendam de maneira autônoma, em ambientes quase infinitos gerados artificialmente. A expectativa da comunidade científica é de que, uma vez ampliadas as capacidades interativas e a duração das simulações, o modelo se torne uma plataforma robusta para o desenvolvimento de sistemas AGI cada vez mais autônomos e versáteis, replicando estratégias humanas de descoberta e inovação.

“Podemos estar na porta de uma nova era, como foi o ‘Move 37’ do AlphaGo, mas agora para agentes incorporados”, disse Parker-Holder, referindo-se ao icônico momento em que a IA da DeepMind superou expectativas no jogo Go em 2016.

Jack Parker-Holder, DeepMind

Tudo sobre o Genie 3 da DeepMind

  1. O que é o Genie 3 da DeepMind?

    O Genie 3 é o novo modelo de mundo IA capaz de gerar ambientes 3D realistas e interativos em tempo real, considerado fundamental no caminho para a inteligência artificial geral.

  2. Em que o Genie 3 difere das versões anteriores?

    Genie 3 aumenta o tempo de geração, oferece interatividade aprimorada, simula física de forma consistente e executa ambientes mais diversos, superando Genie 2 e integrando aprendizado físico do Veo 3.

  3. Quais os principais desafios do Genie 3?

    O modelo ainda limita interações contínuas a poucos minutos e interações entre múltiplos agentes. Ampliar esses recursos é um dos próximos focos de pesquisa para aplicações práticas em AGI.

  4. Para que o Genie 3 pode ser aplicado?

    Além de educação e mídia, Genie 3 deverá ser usado principalmente no treinamento de agentes IA para tarefas gerais e simuladores de cenários complexos no caminho da AGI.

Considerações finais

O anúncio do Genie 3 marca uma etapa vital no percurso da IA rumo à inteligência geral artificial. Com suas capacidades inéditas de memória e simulação física, o modelo abre caminhos para experimentos, aplicações e descobertas sem precedentes em aprendizagem autônoma. À medida que suas limitações forem superadas, o Genie 3 poderá consolidar-se como plataforma central para sistemas de IA avançados que mexerão profundamente com educação, ciência, entretenimento, robótica e sociedade como um todo.

Diogo Fernando

Apaixonado por tecnologia e cultura pop, programo para resolver problemas e transformar vidas. Empreendedor e geek, busco novas ideias e desafios. Acredito na tecnologia como superpoder do século XXI.

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