Google contrata fundadores da Windsurf e frustra OpenAI
A Google contratou os fundadores e principais pesquisadores da startup Windsurf, encerrando a tentativa da OpenAI de adquirir a empresa por US$ 3 bilhões. A manobra estratégica, fechada por US$ 2,4 bilhões, visa reforçar as equipes do DeepMind e da plataforma Gemini, enquanto a Windsurf permanece independente e com novo comando. Acordo marca reviravolta na corrida da inteligência artificial e reposiciona forças entre gigantes do setor.
Tabela de conteúdos
Como foi a negociação entre Google, Windsurf e OpenAI
Fontes ouvidas pela Bloomberg confirmaram que a Google desembolsou aproximadamente US$ 2,4 bilhões para contar com Varun Mohan e Douglas Chen, fundadores da Windsurf, além de parte do staff de Pesquisa e Desenvolvimento. A decisão põe fim ao acordo inicial em que a OpenAI buscava a aquisição total da Windsurf. O movimento ganhou destaque porque a Microsoft, graças à sua parceria com a OpenAI, teria acesso direto à propriedade intelectual da Windsurf, o que preocupou investidores e, segundo relatos, fez com que a negociação ruísse.
Windsurf fortalece DeepMind e Gemini sem perder independência
Diferentemente de uma aquisição completa, a Google optou por um acordo de contratação dos talentos fundadores e principais pesquisadores, sem adquirir participação societária na Windsurf e mantendo o licenciamento de tecnologia em caráter não-exclusivo. Assim, a startup fundada em 2021 e antes conhecida como Codeium, preserva estratégias independentes. A equipe recém-contratada irá trabalhar em avanços do DeepMind e Gemini, as principais plataformas de IA da Google.
Mudanças no comando da Windsurf após saída dos fundadores
Com a saída de Varun Mohan e Douglas Chen, a liderança da Windsurf será assumida interinamente por Jeff Wang, chefe de negócios desde 2023. Graham Moreno, vice-presidente global de vendas, passa a responder como presidente. A Windsurf, apoiada por investidores como Greenoaks Capital Partners e AIX Ventures, havia captado mais de US$ 200 milhões em capital de risco e chegou a ser avaliada em US$ 1,25 bilhão em 2024, com negociação de valuation a US$ 3 bilhões no início de 2025.
Concorrência acirrada e movimentações estratégicas no setor de IA
A movimentação da Google é vista como parte de uma tendência em que gigantes da tecnologia “pescam” talentos de startups sem aquisições diretas, evitando assim riscos regulatórios e antitruste. Microsoft, Meta e outras empresas já utilizaram estratégias similares para reforçar suas equipes de IA. Para a OpenAI, perder a Windsurf significa adiar seus planos de rivalizar com a plataforma GitHub Copilot, de propriedade da Microsoft, no segmento de ferramentas de programação baseadas em IA generativa.
O impacto das plataformas de IA generativa no mercado de programação
Recente pesquisa do grupo METR aponta que, embora desenvolvedores relatem ganhos de produtividade de 10% a 50%, na prática alguns modelos de IA podem tornar programadores até 19% mais lentos em certas tarefas. Apesar disso, líderes como Jensen Huang, CEO da Nvidia, e John Carmack, referência em software, veem a IA como uma revolução fundamental no desenvolvimento. De acordo com a Microsoft, 30% do código da empresa já é gerado por IA e o CTO Kevin Scott prevê que o índice pode chegar a 95% até 2030.
“A entrada dos fundadores da Windsurf potencializa a capacidade criativa e técnica do DeepMind e do Gemini, colaborando para que a Google lidere novos avanços em inteligência artificial generativa”, afirma analista do setor.
Especialista em IA do setor de tecnologia

Desafios, limitações e próximos passos
Apesar do otimismo, especialistas apontam limitações técnicas, como geração de código com erros e dificuldades em tarefas complexas. O debate sobre qualidade e velocidade segue aceso, e a entrada de talentos da Windsurf na Google pode acelerar pesquisas para superar essas barreiras. A independência da Windsurf permite avanços paralelos no segmento, estimulando inovação e diversidade de abordagens.
Considerações finais sobre o Google contrata fundadores da Windsurf
A contratação dos fundadores da Windsurf pela Google representa um marco na disputa entre gigantes pela liderança em inteligência artificial. Com sua equipe reforçada, a Google promete acelerar o desenvolvimento do DeepMind e Gemini, enquanto a OpenAI buscará novas estratégias após o revés na aquisição. O próximo capítulo da evolução dos softwares de programação baseados em IA promete ser ainda mais competitivo e inovador.
Por que a Google contratou os fundadores da Windsurf?
A Google buscava fortalecer suas equipes de IA, especialmente DeepMind e Gemini, adquirindo talentos reconhecidos do setor, após a tentativa frustrada da OpenAI. Essa estratégia acelera inovação sem riscos regulatórios de uma aquisição.
O que muda para a Windsurf após saída dos fundadores?
A Windsurf seguirá operando de forma independente, com nova liderança interina e a missão de continuar inovando em ferramentas de programação baseadas em IA, aproveitando investimentos e parcerias ampliadas.
Por que a OpenAI desistiu da aquisição da Windsurf?
A negociação com a OpenAI naufragou por conta de preocupações sobre transferência de propriedade intelectual para a Microsoft, aliada estratégica da OpenAI, levando investidores a preferirem um caminho autônomo para a Windsurf.
Como as plataformas de IA mudam o mercado de programação?
Plataformas de IA generativa, como a Gemini e soluções da Windsurf, prometem acelerar a escrita de código, ampliar produtividade e modificar o papel dos programadores, apesar de desafios técnicos e críticas sobre eventuais erros.