Google e Grok se aproximam do ChatGPT, diz a16z
Relatório da a16z indica que Google Gemini e Grok encurtam a distância para o ChatGPT no web e no mobile, com dados de Similarweb e Sensor Tower (27/08/2025). A quinta edição do estudo de consumo de IA da Andreessen Horowitz compila 2,5 anos de métricas e mostra mudança no pódio: o Gemini já é o nº 2 em visitas na web e usuários ativos no celular, enquanto o Grok, da xAI, saltou para mais de 20 milhões de MAUs após lançar app próprio e o Grok 4. Meta AI perde força sob críticas de privacidade; Perplexity e Claude continuam em alta. O relatório além do Google e Grok se aproximam do ChatGPT também destaca a escalada de players chineses no top 50 e a estreia de startups de “vibe-coding”, como Replit e Lovable.
Tabela de conteúdos
O que diz o relatório da a16z
A Andreessen Horowitz publicou a 5ª edição do seu panorama de consumo em IA generativa, com foco em tráfego web e uso de apps móveis. A lista “all-stars” recorrente manteve 14 nomes pelo quinto ciclo: ChatGPT, Perplexity, Poe, Character.AI, Midjourney, Leonardo, Veed, Cutout, ElevenLabs, Photoroom, Gamma, QuillBot, Civitai e Hugging Face. Cinco outras marcas apareceram em todas as edições desde a 2ª versão: Claude, DeepAI, Janitor AI, Pixelcut e Suno. Os dados de web foram obtidos via Similarweb; os de mobile, via Sensor Tower — reforçando uma metodologia baseada em terceiros. O documento completo está disponível no site da a16z (fonte primária).

- Ponto-chave: 2,5 anos de dados consolidam tendências de adoção.
- Ponto-chave: ChatGPT segue líder, mas sob pressão crescente.
- Ponto-chave: Web e mobile contam histórias complementares.
Gemini encurta a distância no mobile e na web
No mobile, o Gemini já é o app nº 2, com quase metade dos usuários ativos mensais (MAUs) do ChatGPT, e forte viés Android (quase 90% da base). Na web, o Gemini também ocupa o 2º lugar, com algo como 12% das visitas do líder. A chegada de domínios dedicados (Gemini, AI Studio, NotebookLM e Google Labs) permitiu acompanhar melhor o crescimento de cada produto e impulsionou a presença do Google no top 50: o AI Studio entrou no top 10 (10ª posição), o NotebookLM ficou em 13º e o Google Labs, em 39º.

- Ponto-chave: Gemini consolida 2º lugar no web e mobile.
- Ponto-chave: Base Android impulsiona adoção do Gemini.
- Ponto-chave: AI Studio estreia no top 10 da web.
Grok acelera com app próprio e o Grok 4
Depois de nascer dentro do X (antigo Twitter), o Grok ganhou app dedicado no fim de 2024 e explodiu em 2025. O relatório indica que ele já soma mais de 20 milhões de MAUs. Em julho, quando o Grok 4 foi lançado, os números deram um salto adicional de quase 40%. Nos rankings, o Grok aparece como 4º colocado na web e nº 23 no mobile — trajetória rápida para um produto que, há poucos trimestres, ainda não tinha presença autônoma nas lojas.

- Ponto-chave: 20+ milhões de MAUs e alta de ~40% com o Grok 4.
- Ponto-chave: Top 5 na web; top 25 no mobile.
- Ponto-chave: Saída do X para app próprio catalisou tração.
Meta AI estagna sob escrutínio de privacidade
O assistente geral da Meta ficou em 46º na web — mesma posição de março — e não apareceu entre os principais apps móveis. Parte da dificuldade deve-se ao ruído negativo: investigações apontaram que o Meta AI chegou a compartilhar publicamente posts de alguns usuários sem consentimento informado, comprometendo a confiança. Enquanto isso, rivais como Perplexity e Claude mostraram crescimento contínuo no período analisado.

China em destaque no top 50
Fabricantes chineses avançam no ranking web: Quark (9º), Doubao/ByteDance (12º na web e 4º no mobile) e Kimi/Moonshot (17º). Segundo o relatório, cerca de 75% do tráfego desses serviços vem da China. Outras sete plataformas desenvolvidas no país, como DeepSeek, Hailuo, Kling, SeaArt, Cutout Pro, Manus e Monica, também figuram na lista web. No mobile, 22 dos 50 apps foram feitos na China, mas apenas três têm uso majoritário local — sinal de forte exportação tecnológica.

Estreias e quem está no radar
As startups de “vibe-coding” Lovable e Replit estrearam na lista principal, impulsionadas por projetos publicados em domínios replit.app e lovable.app. Em paralelo, a16z elencou soluções “na berlinda”, perto de entrar no top 50: na web, PixAI, bolt, Blackbox AI, Clipchamp e Getliner; no mobile, Talkie, Seekee, Photo AI, AI Mirror e Arvin. O relatório também comenta que as lojas de aplicativos vêm reprimindo clones do ChatGPT desde 2023, abrindo espaço para apps originais.

Comparativo rápido: posições por produto
Produto | Web | Mobile |
ChatGPT | 1º | 1º |
Gemini (Google) | 2º (~12% das visitas do ChatGPT) | 2º (base 90% Android) |
Grok (xAI) | 4º | 23º |
Meta AI | 46º | — |
AI Studio (Google) | 10º | — |
NotebookLM (Google) | 13º | — |
Google Labs | 39º | — |
Metodologia: tráfego web estimado por Similarweb; dados de apps por Sensor Tower; consolidação e análise por a16z.
Fonte: Relatório “100 Gen AI Apps” (a16z)
Tendências: para onde vai a disputa
Três movimentos se destacam. Primeiro, a verticalização do Google com múltiplos pontos de contato (assistente, ferramentas de criação e sandbox para desenvolvedores) acelera aquisição. Segundo, a narrativa de “personalidade” e integração social do Grok demonstra apelo em massa quando combinada a distribuição (X) e lançamentos frequentes (Grok 4). Terceiro, confiança e governança continuam balizando crescimento — vide o caso do Meta AI. Somado a isso, a internacionalização acelerada de apps chineses torna o mercado mais fragmentado, diverso e competitivo.
- Ponto-chave: Portfólios multi-produto turbinam alcance.
- Ponto-chave: Ritmo de releases influencia tração.
- Ponto-chave: Privacidade e UX afetam fidelização.
Limitações e leitura crítica dos dados
Os números são estimativas de terceiros, com metodologias próprias e possíveis vieses por amostragem ou detecção de tráfego. Nem toda interação em IA acontece em domínios públicos (ex.: APIs e integrações corporativas), e os MAUs móveis podem variar por ciclo de versões e sazonalidade. Ainda assim, a consistência histórica do estudo e a triangulação de fontes oferecem um retrato útil da dinâmica entre líderes (ChatGPT), perseguidores (Gemini, Grok) e o bloco de crescimento (Perplexity, Claude).
Imagens e gráficos do relatório


Considerações finais sobre Google e Grok se aproximam do ChatGPT
O ChatGPT segue líder, mas a inércia acabou: o Gemini encurta a distância com um ecossistema amplo, e o Grok encontra velocidade de cruzeiro com atualizações agressivas e distribuição nativa. Em paralelo, players focados (Perplexity, Claude) continuam executando bem, e o bloco chinês assume papel central. Para usuários, a boa notícia é mais escolha e funcionalidades; para empresas, a lição é clara: velocidade, produto e confiança determinam quem sobe — e quem fica pelo caminho.
Fontes: a16z – 100 Gen AI Apps (5ª edição); TechCrunch (Sarah Perez); Similarweb; Sensor Tower.
O Gemini já superou o ChatGPT?
Resposta direta: ainda não; o ChatGPT segue líder em web e mobile. Expansão: o Gemini é nº 2 em ambos, com ~12% das visitas web do líder e quase metade dos MAUs no mobile, puxado por Android. Validação: dados de a16z com Similarweb e Sensor Tower (ago/2025).
Qual o tamanho da base do Grok hoje?
Resposta direta: mais de 20 milhões de usuários ativos mensais. Expansão: a adoção acelerou após o app próprio (fim de 2024) e cresceu ~40% com o lançamento do Grok 4 em julho/2025. Validação: métricas reportadas pela a16z no panorama de apps de IA.
Por que a Meta AI caiu em desempenho?
Resposta direta: ruídos de privacidade afetaram a confiança e a tração. Expansão: houve relatos de posts públicos sem consentimento informado, o que freou a escalada do assistente geral da empresa. Validação: cobertura TechCrunch e consolidação de dados no relatório a16z.
Quais as ‘surpresas’ do top 50 de IA?
Resposta direta: Google ampliou presença e apps chineses ganharam espaço. Expansão: AI Studio (10º), NotebookLM (13º) e Google Labs (39º) entraram; Doubao e Quark se destacaram, e Replit/Lovable estrearam. Validação: posições e tendências conforme 5ª edição do estudo da a16z.
Como a a16z coleta e valida os dados?
Resposta direta: combina dados de Similarweb (web) e Sensor Tower (mobile). Expansão: os números são estimativas com possíveis vieses; a força do estudo está na consistência histórica e no recorte comparável. Validação: declaração metodológica do relatório a16z (ago/2025).