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Investimento em IA: FOMO supera ROI, aponta estudo da IBM

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O investimento em IA ( Inteligência Artificial) nas empresas é majoritariamente impulsionado pelo receio de ficar para trás (FOMO), e não pelo retorno sobre o investimento (ROI) esperado, revelou um recente estudo da IBM com 2.000 CEOs.

Divulgado durante a conferência anual Think da IBM, o levantamento aponta que apenas um quarto (25%) das iniciativas de IA entregaram o ROI previsto, apesar do crescente entusiasmo pela IA generativa. Cerca de 64% dos líderes admitem adotar tecnologias de IA antes mesmo de identificar claramente seus benefícios para a organização.

A Realidade do ROI em IA: Apenas 25% das Apostas Trazem Retorno

A pesquisa da IBM expõe uma desconexão significativa entre o hype da Inteligência Artificial e os resultados tangíveis nas corporações. Embora 52% dos CEOs entrevistados afirmem que suas organizações estão obtendo valor de investimentos em IA generativa para além da simples redução de custos, a realidade é que apenas uma pequena fração, 25%, dos projetos de IA atingiu o retorno sobre o investimento (ROI) que era esperado. Além disso, a escalabilidade permanece um desafio, com somente 16% das iniciativas de IA sendo implementadas em toda a empresa.

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Apesar desses números, o otimismo, ou talvez a pressão competitiva, continua forte. Os CEOs esperam que a taxa de crescimento dos investimentos em IA mais do que dobre nos próximos dois anos. Uma parcela expressiva, 61%, já está adotando agentes de IA e se preparando para escalá-los em suas organizações, indicando uma aposta no potencial futuro da tecnologia para automatizar tarefas complexas.

O Dilema do FOMO: Empresas Investem em IA Antes de Validar Benefícios

O estudo da IBM sugere que o “medo de ficar de fora” (FOMO) é um motor crucial para a adoção da IA. Quase dois terços (64%) dos líderes entrevistados admitiram ter adotado tecnologias de IA antes de determinar completamente como elas beneficiariam suas organizações.

Essa pressa, combinada com a rápida evolução da IA generativa, resultou em metade (50%) dos respondentes lidando com um emaranhado crescente de tecnologias desconexas ou implementadas de forma fragmentada. O custo do hardware de IA, seja em nuvem ou on-premise, também se mantém como um obstáculo persistente.

“Muitas organizações lutam para equilibrar o financiamento das operações existentes com o investimento em inovação quando ocorrem mudanças inesperadas”, destaca o relatório da IBM, o que pode explicar em parte a dificuldade em alcançar o ROI desejado com a IA.

Estudo IBM sobre Investimento em IA por CEOs

Desafios na Adoção de IA: Dados, Custos e Capital Humano

A pesquisa evidencia que, embora a maioria dos CEOs (72%) acredite que o aproveitamento de seus conjuntos de dados proprietários será fundamental para desbloquear o verdadeiro “valor da IA generativa”, muitas empresas ainda enfrentam dificuldades para fazê-lo.

Conforme discutido pela IBM, os dados frequentemente precisam ser normalizados e filtrados antes de serem integrados em fluxos de trabalho de IA, como a geração aumentada por recuperação (RAG) ou usados para o ajuste fino de modelos.

O impacto no capital humano também é notável. Mais da metade dos entrevistados afirma estar contratando para funções inteiramente novas relacionadas à IA que não existiam há um ano. O estudo sugere que até um terço da força de trabalho em geral pode precisar de retreinamento ou requalificação nos próximos três anos para se adaptar às novas demandas impostas pela IA.

  • Pontos-chave sobre desafios na IA:
  • Integração de dados proprietários e sua qualidade.
  • Custos elevados de hardware e implementação.
  • Necessidade de novas competências e retreinamento da força de trabalho.
  • Gerenciamento de tecnologias de IA desconexas.

Resposta da IBM: Novas Ferramentas para Orquestrar a IA Empresarial

Em resposta a esses desafios e para capitalizar o interesse contínuo, a IBM anunciou, durante sua conferência Think, novidades significativas. Entre elas, destaca-se o framework Watsonx Orchestrate, que visa simplificar o processo de construção de agentes de IA que se integram com plataformas SaaS populares e bibliotecas de software.

Além disso, foi detalhado o API Agent, capaz de identificar APIs existentes ou gerar novas sob medida para conectar dados ou serviços existentes a agentes de IA. A IBM também anunciou integrações e parcerias de IA com Salesforce, AWS, Oracle e Lumen. O estudo completo da IBM pode ser acessado aqui.

Considerações finais

Apesar dos desafios atuais e do baixo ROI inicial, os executivos permanecem otimistas. A IBM informa que 85% dos CEOs entrevistados esperam que leve pelo menos mais dois anos para alcançar um ROI positivo com seus investimentos em IA. O cenário indica uma jornada de aprendizado e ajuste, onde o potencial transformador da IA ainda está sendo equilibrado com as complexidades de sua implementação e monetização efetiva.

Perguntas Frequentes (FAQ) sobre Investimento em IA

  1. O que é FOMO no contexto de investimento em IA?

    FOMO (Fear Of Missing Out) ou ‘medo de ficar de fora’ refere-se à decisão de investir em IA por receio de que concorrentes ganhem vantagem, mesmo sem um plano claro de ROI. O estudo da IBM indica que 64% dos CEOs são influenciados por isso.

  2. Qual o principal desafio para obter ROI em IA segundo o estudo da IBM?

    O principal desafio é a dificuldade em traduzir o potencial da IA em valor de negócio tangível. Apenas 25% das iniciativas atingem o ROI esperado, devido a custos, complexidade de integração de dados e falta de escala nas implementações.

  3. O que são agentes de IA e por que as empresas estão investindo neles?

    Agentes de IA são sistemas projetados para automatizar tarefas inteiras, integrando múltiplas ferramentas, modelos e fontes de dados, com ou sem intervenção humana. Empresas investem neles (61% segundo a IBM) visando maior automação e eficiência operacional a longo prazo.

Diogo Fernando

Apaixonado por tecnologia e cultura pop, programo para resolver problemas e transformar vidas. Empreendedor e geek, busco novas ideias e desafios. Acredito na tecnologia como superpoder do século XXI.

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