Jules do Google ganha memória e seletor de arquivos
Atualização do Jules do Google trará memória persistente e seletor de arquivos já na próxima semana, segundo o TestingCatalog (27 set 2025). O assistente de código ganhará contexto de repositório mais profundo, lembrando tarefas passadas e permitindo anexar arquivos exatos a prompts e jobs. Para equipes com bases extensas e múltiplos projetos, a mudança promete respostas mais precisas, menos retrabalho e revisões de código mais rápidas.
Tabela de conteúdos
O que muda: memória persistente por repositório
O ponto central do update é a inclusão de memória persistente diretamente vinculada a cada repositório. Na prática, você poderá anexar conhecimento específico do projeto ao Jules para que o agente recorde preferências, estilos, convenções de review e decisões técnicas anteriores. Além da adição manual, a memória poderá ser alimentada automaticamente a partir de interações passadas — como comentários e revisões em pull requests — para refinar as próximas respostas, resumos e sugestões. Esse histórico evita rebriefings intermináveis e reduz o risco de o assistente perder nuances importantes em bases de código com grande rotatividade.
Fluxo de trabalho: onde a memória aparece no Jules
Segundo a prévia, o controle de memória deve surgir na interface do Jules associada a cada repo, ao lado de prompts e tarefas. Para quem gerencia vários projetos, isso significa respostas ajustadas por contexto, sem misturar diretrizes entre repositórios. Em um cenário comum — como migrar um módulo legado ou padronizar testes — bastará registrar a estratégia no repositório correspondente para que o Jules a respeite em interações futuras, inclusive ao resumir PRs, gerar diffs explicados ou sugerir refatorações.
Definição — Memória persistente: mecanismo que preserva preferências, decisões e instruções por repositório para orientar respostas futuras do agente de código.
TestingCatalog (27/09/2025), análise da prévia do Jules
Busca e seletor de arquivos: referência precisa no prompt
Outro foco do update é a resolução de arquivos. O Jules passará a permitir pesquisar arquivos dentro do repo e anexá-los diretamente a um prompt ou tarefa. Assim, o agente saberá exatamente qual arquivo usar como referência, evitando respostas que confundem nomes semelhantes ou caminhos parecidos. Em bases monorepo com múltiplos pacotes, esse seletor tende a economizar tempo e a diminuir idas e vindas para “alinhar” o contexto correto.

Recurso | Benefício | Uso prático |
Memória por repo | Consistência | Padrões de review e estilo preservados |
Seletor de arquivos | Precisão | Referência exata em monorepos complexos |
Aprendizado de feedback | Relevância | Sugestões alinhadas a PRs anteriores |

Impacto para times: menos atrito, mais padronização
Equipes que lidam com several branches, squads paralelos e PRs volumosos costumam perder tempo alinhando o assistente com o “jeito” do projeto. A memória persistente reduz esse atrito. O Jules pode se tornar um guardião discreto de decisões arquiteturais e combinados de time, lembrando, por exemplo, como lidar com feature flags, que lib de teste é preferida, qual convenção de commits é aceita e quando priorizar refatoração sobre hotfix. Em code reviews, resumos mais contextuais tendem a identificar riscos reais (regressões, contratos quebrados) em vez de falsos positivos.
- Pontos-chave: padronização, rastreabilidade e menos ruído em PRs
- Ganho esperado: foco no que importa e respostas “on-policy”
- Comparativo: aproxima-se do Copilot Workspace e de Agents
Posicionamento no ecossistema Google
As melhorias seguem a lógica de tornar as ferramentas com Gemini mais “pegajosas” e cientes de contexto, como já se vê no NotebookLM (memória) e no AI Studio (prompts avançados). Ao avançar em memória e resolução precisa de arquivos, o Jules se aproxima de concorrentes que apostam em agentes com feedback contínuo, como o Copilot Workspace e os futuros Agents da OpenAI. A diferença estará na execução: quão bem o Jules orquestra memórias, arquivos e histórico de PRs para gerar resultados confiáveis em bases vivas.
Calendário e grau de confirmação
O indício de lançamento “já na próxima semana” vem do rastreio feito pelo TestingCatalog e da movimentação pública de membros do ecossistema Google. Em 24 de setembro, a gerente de produto Kath Korevec publicou um sinal de empolgação para a semana seguinte — o que reforça a janela temporal, embora sem confirmar recursos específicos. Como se trata de recurso em evolução, detalhes podem mudar até o roll-out oficial.
“Y’all Im very excited for next week 🦑”
Kath Korevec (@simpsoka), 24 set 2025
Como se preparar: checklist rápido
- Mapeie padrões de time para virar memória (estilo, testes, CI/CD).
- Identifique arquivos críticos e crie atalhos para o seletor.
- Organize PRs com títulos e descrições consistentes (facilita aprendizado).
- Padronize diretórios e nomes para evitar colisões no monorepo.
- Defina políticas de privacidade e logs de uso do agente.
Validação, fontes e transparência
As informações acima se baseiam na reportagem do TestingCatalog (por Alexey Shabanov, 27/09/2025) e em um post de Kath Korevec. Até a confirmação oficial do Google, detalhes de interface, escopo e calendário podem sofrer ajustes. Recomendamos acompanhar as notas de versão e canais de produto do Google para validação final.
O que é a memória persistente do Jules?
Resposta direta: memória por repositório.Expansão: o Jules guardará preferências, decisões e instruções específicas de cada repo para orientar respostas futuras, reduzindo rebriefings e ruídos em PRs.Validação: detalhada pelo TestingCatalog (27/09/2025); sujeita a ajustes até anúncio oficial do Google.
Como funciona o seletor de arquivos no Jules?
Resposta direta: busca e anexo preciso.Expansão: será possível pesquisar e anexar arquivos específicos a prompts/tarefas, eliminando ambiguidade em monorepos e garantindo referência correta.Validação: recurso citado na prévia do TestingCatalog; detalhes finais dependem do roll-out.
Quando a atualização do Jules será liberada?
Resposta direta: possivelmente na próxima semana.Expansão: o timing foi sugerido por sinais públicos e cobertura do TestingCatalog; datas podem variar por região/conta.Validação: sem confirmação oficial do Google até o momento desta publicação.
O Jules vai aprender com PRs do GitHub?
Resposta direta: tendência é sim, de forma contextual.Expansão: a prévia indica que feedback de PRs/comentários pode alimentar memórias para melhorar sugestões e resumos.Validação: aguardando documentação oficial sobre escopo e privacidade.
Há riscos de privacidade ou vazamento de dados?
Resposta direta: exige governança clara.Expansão: defina políticas de acesso, auditoria e retenção de memória por repo; evite inserir segredos em prompts.Validação: boas práticas de segurança recomendadas até publicação das políticas do Google.
Considerações finais
A chegada de memória persistente e seletor de arquivos sinaliza um salto prático para o Jules: menos fricção, mais consistência e contexto real de repositório. Se o Google mantiver o plano e alinhar bem privacidade, controles de UI e aprendizado de feedback, o Jules pode encurtar a distância para rivais focados em agentes. Para os times, o preparo começa agora: organizar convenções, nomear arquivos com clareza e documentar decisões. Com o terreno pronto, a atualização tende a converter cada interação em valor acumulado — um assistente que, de fato, aprende com o seu código.