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Roblox é processado na Louisiana por segurança infantil falha

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Roblox, uma das maiores plataformas de jogos online do mundo, tornou-se alvo de um processo judicial histórico em agosto de 2025, movido pela procuradora-geral da Louisiana, Liz Murrill. O processo acusa a empresa de negligenciar protocolos essenciais de proteção infantil, permitindo que predadores sexuais explorem menores na plataforma – um ambiente frequentado, principalmente, por crianças e adolescentes. De acordo com o Ministério Público da Louisiana, a Roblox Corporation estaria facilitando, por omissão, a exploração sistêmica de menores, comprometendo a segurança de milhões de usuários.

Entenda o processo contra o Roblox na Louisiana

No dia 15 de agosto de 2025, a procuradora-geral da Louisiana, Liz Murrill, anunciou a abertura oficial do processo contra a Roblox Corporation. Em seu comunicado, divulgado no X (antigo Twitter), Murrill acusa a empresa de ignorar sistematicamente as ameaças presentes na plataforma, criando um território fértil para abusadores sexuais. Em trecho do processo, destaca-se: “Durante anos, o réu tem permitido e facilitado conscientemente a exploração sexual sistêmica e o abuso de crianças em todo os Estados Unidos, inclusive na Louisiana”.

“A omissão deliberada da Roblox Corporation em adotar medidas eficazes de segurança permitiu a proliferação de predadores e a vitimização de menores, privando crianças da Louisiana de um ambiente digital seguro.”

Trecho do processo divulgado por Liz Murrill

Por que a segurança das crianças no Roblox está em debate?

Desde seu lançamento em 2006, o Roblox cresceu exponencialmente: somente em fevereiro de 2025, a plataforma registrou 85,3 milhões de usuários ativos diários. Segundo dados da própria empresa, metade das crianças estadunidenses com menos de 16 anos jogam Roblox mensalmente. O foco do processo na Louisiana evidencia um problema global: como garantir ambientes digitais seguros para menores quando o público-alvo é, majoritariamente, formado por crianças?

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  • Público infanto-juvenil predominante
  • Crescimento acelerado – 85 milhões de usuários diários
  • Caso já resultou em banimentos em países como China, Turquia, Jordânia e Coreia do Norte
  • Ações anteriores de segurança ainda consideradas insuficientes por autoridades

Resposta da Roblox Corporation e polêmicas recentes

Após sofrer críticas internacionais e ser banida em diversos países por riscos de exploração infantil, o Roblox anunciou atualizações em seus protocolos de segurança. Desde os ajustes, usuários menores de 13 anos precisam de autorização dos pais para habilitar funções de chat, e menores de 9 anos só acessam jogos com classificação “Moderada” mediante consentimento parental. Contudo, tais medidas são vistas como insuficientes pelo Ministério Público da Louisiana, especialmente após a remoção de “vigilantes” que, segundo desenvolvedores, criavam ambiente inseguro, mas eram apontados por pais como barreira extra contra abusos.

Segundo os desenvolvedores, os chamados vigilantes prejudicavam o ambiente da comunidade, mas familiares relatam que o fim dessa moderação voluntária pode abrir precedentes para mais riscos online.

Análise de especialistas em digital safety

O caso da Louisiana intensifica o debate sobre responsabilidade de grandes plataformas na proteção de crianças. O Roblox já foi proibido em países como Turquia por causa de denúncias de exploração infantil online. Cada novo episódio reforça demandas globais por regulamentação mais dura, fiscalização ativa e responsabilização eficiente das empresas de tecnologia frente a ameaças digitais a menores.

Outros casos de plataformas processadas por falhas de segurança digital

O cenário não é exclusivo do Roblox: Epic Games (criadora de Fortnite), Apple e até Google são frequentemente processadas por questões de segurança digital, privacidade e proteção de menores. Em 2025, um tribunal dos EUA determinou que Google e Character.AI enfrentassem processo por suposta ligação de um chatbot a uma tragédia envolvendo adolescente. O aumento dessas disputas mostra mudança de postura regulatória global para responsabilizar grandes empresas pelos riscos aos seus usuários mais jovens.

Considerações finais

O processo movido pela Louisiana contra a Roblox Corporation representa um marco no debate mundial sobre proteção infantil digital e pode servir de precedência judicial para futuros casos. Empresas de jogos, plataformas e redes sociais devem reforçar políticas de segurança, ampliar o diálogo com autoridades e aumentar a transparência para garantir ambientes digitais realmente seguros para crianças e adolescentes.

  1. Por que a Louisiana processou a Roblox?

    O processo foi movido devido à alegação de que a Roblox Corporation negligenciou protocolos de segurança, permitindo a ação de predadores sexuais e a exploração de crianças na plataforma. Especialistas ressaltam urgência na implementação de medidas efetivas em ambientes digitais frequentados por menores. Documentos oficiais embasam a acusação.

  2. Quais medidas o Roblox já implementou para segurança infantil?

    Nos últimos meses, o Roblox introduziu controles parentais, exigindo autorização dos pais para uso de chats e acesso de crianças a conteúdos classificados como moderados. Mesmo assim, autoridades e famílias consideram as ações insuficientes diante do volume de usuários menores. Relatórios internacionais destacam novas vulnerabilidades.

  3. O problema de segurança do Roblox é exclusivamente nos EUA?

    Não. O caso da Louisiana evidencia uma dificuldade global. Países como Turquia, China e outros já baniram Roblox por preocupações semelhantes de exploração digital e riscos à infância. Organizações internacionais cobram regulamentação uniforme.

  4. O processo contra a Roblox pode influenciar outras plataformas?

    Especialistas afirmam que decisões como a da Louisiana criam precedentes e podem incentivar outras autoridades a exigir responsabilidade e mudanças robustas de grandes empresas de tecnologia e jogos para proteger usuários vulneráveis.

Diogo Fernando

Apaixonado por tecnologia e cultura pop, programo para resolver problemas e transformar vidas. Empreendedor e geek, busco novas ideias e desafios. Acredito na tecnologia como superpoder do século XXI.

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