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Trump lança plano agressivo de IA e rejeita royalties a autores

O presidente dos EUA, Donald Trump, apresentou nesta quarta-feira (24) um ambicioso plano para a inteligência artificial nos Estados Unidos, adotando uma abordagem fortemente desregulatória e rejeitando a ideia de pagamentos de direitos autorais a autores por obras utilizadas no treinamento de sistemas de IA. Em discurso na Flórida, Trump afirmou que “a América deve liderar o mundo em inteligência artificial, sem amarras que travem nossa competitividade”. A proposta chega no contexto da corrida global pela liderança em IA, enfatizando menos intervenção estatal e mais liberdade para empresas inovarem.

O que prevê o plano de IA de Trump

O novo plano de Trump para IA propõe remoção de regulações consideradas “obstrutivas” ao setor, além de isentar empresas de obrigações relacionadas a pagamentos de copyright para treinamentos de IA. Trump argumentou que tais exigências “recompensam advogados e criadores preguiçosos” e afirmou: “Não vamos tolerar uma indústria dominada por restrições legais e processos sem fim que sufocam a criatividade americana”.

O plano de ação de 28 páginas inclui cerca de 90 recomendações destinadas a acelerar a inovação em IA, expandir a infraestrutura doméstica e garantir a liderança dos EUA em mercados internacionais em crescimento. No centro da estratégia está o rápido aumento das exportações americanas de tecnologia de IA, especialmente para países aliados. O governo Trump planeja incentivar agências federais a firmar parcerias com consórcios do setor em pacotes de exportação “full-stack”, abrangendo software, hardware, soluções de dados e padrões técnicos.

Entre as diretrizes divulgadas, estão:

  • Desregulação de empresas de IA nos EUA
  • Fortalecimento da posição dos EUA como líder global em IA
  • Promoção da inovação sem a intervenção do governo
  • Rejeição ao pagamento de direitos autorais a autores usados para treinar IA
  • Enfoque em segurança nacional e uso estratégico de IA
novo plano de IA de Trump, alterando políticas de copyright nos EUA

Reações do setor e especialistas

A proposta foi recebida com críticas e aclamações. Representantes do setor tecnológico, como a Coalition for Future AI, elogiaram a iniciativa: “É preciso promover um ambiente em que as empresas possam crescer sem medo de litígios intermináveis”, declarou um porta-voz. Já entidades ligadas à defesa de direitos autorais, como a Authors Guild, criticaram duramente a remoção de obrigações de copyright, afirmando que tal decisão “desvaloriza o trabalho criativo americano”.

“Trump quer oferecer às empresas de IA norte-americanas poderes ilimitados, mas isso pode afetar toda a cadeia criativa – de escritores a artistas digitais”

Sarah King, diretora executiva da Authors Guild

Impactos internacionais: os Estados Unidos versus União Europeia

Enquanto Trump propõe mais liberdade, a União Europeia segue caminho oposto, reforçando regulações com seu plano de IA de Trump. Especialistas ponderam que os EUA podem se tornar destino para empresas fugindo de regras mais rígidas na Europa. Analistas do mercado tecnológico sugerem, porém, que o ambiente de baixíssima regulação pode gerar consequências para privacidade, manipulação de dados e equilíbrio de poderes globais em IA. “A decisão dos EUA terá reflexos no cenário internacional, influenciando até padrões de comércio e cibersegurança”, aponta o pesquisador Jacob Mills, da Stanford Tech Policy Lab.

Principais argumentos pró e contra o plano de IA de Trump

  • A favor: Incentivo à inovação, atração de investimentos e liderança em tecnologia global.
  • Contra: Riscos para criatividade, desvalorização do trabalho intelectual e potenciais problemas de governança de IA.
  • Neutro: Possível reforço à competitividade norte-americana sem respostas rápidas para dilemas éticos globais.

Possíveis desdobramentos e próximos passos

A discussão sobre copyright, regulação e o papel do governo federal permanece aberta. Caso seja eleito, Trump promete nos primeiros 100 dias de mandato apresentar projetos contra processamentos relacionados a uso de conteúdos para IA e eliminar padrão de “pagamentos compulsórios” a autores. O debate, contudo, pode intensificar oposição do setor cultural e provocar batalhas judiciais nos EUA.

Trump lança plano agressivo de IA: Perguntas Frequentes

  1. O plano de Trump prevê pagamentos a autores para treino de IA?

    Não. A proposta de Trump rejeita obrigatoriedade de pagamento de direitos autorais para uso de obras no treinamento de IA, mirando desregulação como vantagem competitiva. Para ele, tais restrições atrapalham a inovação americana, aproximando o país de uma postura pró-indústrias de tecnologia. Especialistas alertam para impacto na valorização do trabalho criativo, como aponta a Authors Guild.

  2. Qual a diferença entre plano de Trump e Biden para IA?

    O plano de Trump é focado em desregulamentação e rejeita pagamentos compulsórios a autores, enquanto o governo Biden busca fortalecer regulação e proteção de copyright. Trump quer acelerar a inovação a qualquer custo; Biden aposta em equilíbrio entre crescimento tecnológico e proteção de direitos.

  3. Quais setores podem ser mais impactados?

    Setores de tecnologia, literatura, artes e mídia tendem a sentir forte impacto. Empresas de IA terão mais liberdade, mas artistas e autores analisam riscos à remuneração de suas obras. O ambiente de desregulação também pode afetar a privacidade e desafios de governança internacional em IA.

Considerações finais

O plano de IA de Trump evidencia o confronto entre estímulo à competitividade tecnológica e proteção à propriedade intelectual. O resultado desse embate pode reposicionar os EUA como polo global da IA, mas abre discussões-chave sobre criatividade, ética e o papel do Estado. No contexto eleitoral, o tema deve ganhar centralidade e impulsionar debates sobre o futuro digital não só dos EUA, mas de todo o mundo.

Diogo Fernando

Apaixonado por tecnologia e cultura pop, programo para resolver problemas e transformar vidas. Empreendedor e geek, busco novas ideias e desafios. Acredito na tecnologia como superpoder do século XXI.

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