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Visual Studio Code favorece Anthropic no Copilot

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A Microsoft adicionou ao Visual Studio Code, em 16 de setembro de 2025, um seletor automático de modelos de IA que prioriza o Claude 4 no GitHub Copilot, à frente do GPT-5, para desempenho ideal. O recurso escolhe dinamicamente o modelo “mais adequado” por tarefa e perfil de uso, acompanhando métricas internas e feedback de desenvolvedores. O movimento sinaliza uma preferência operacional por modelos da Anthropic em fluxos de codificação, apesar da forte parceria estratégica com a OpenAI (na qual a Microsoft investe desde 2019).

O que muda no VS Code

O Visual Studio Code passou a oferecer uma funcionalidade de “seleção automática de modelo” no Copilot. De acordo com a documentação oficial da Microsoft, o recurso avalia a natureza do prompt, o contexto do arquivo e outras variáveis para escolher entre modelos como Claude Sonnet 4, GPT-5, GPT-5 mini e outros disponíveis. Para usuários gratuitos, o sistema alterna entre diversos modelos; para assinantes, a recomendação e o padrão prático convergem para o Claude Sonnet 4, com ênfase em qualidade de saída e estabilidade.

A promessa é reduzir atritos comuns em fluxos de IA para código: menos tentativas manuais de trocar de modelo, respostas mais consistentes em tarefas repetitivas e menor latência em cenários conhecidos. Essa automação busca alinhar custo, velocidade e precisão sem exigir que o desenvolvedor ajuste a todo momento o “motor” por trás do assistente.

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Por que Claude Sonnet 4 é priorizado

Segundo comunicação interna divulgada por veículos especializados, a orientação da liderança de desenvolvedores da Microsoft já vinha favorecendo o Claude Sonnet 4 em benchmarks internos para tarefas de programação. A empresa indica que o modelo da Anthropic entrega boa relação entre qualidade, aderência a instruções e confiabilidade em tarefas de refatoração, geração de testes e compreensão de contextos extensos.

“Com base em benchmarks internos, o Claude Sonnet 4 é o nosso modelo recomendado para o GitHub Copilot.”

Julia Liuson, presidente da divisão de desenvolvedores da Microsoft (e-mail interno, junho de 2025)

Embora a diretriz anteceda o lançamento do GPT-5, fontes próximas aos planos de produto indicam que a recomendação permanece válida. Isso não significa abandono do ecossistema OpenAI, mas, sim, uma otimização pragmática: no dia a dia, o Claude Sonnet 4 estaria se saindo melhor em parte das tarefas centrais do Copilot, especialmente codificação guiada por instruções, edição incremental e explicações de trechos complexos.

Como fica para usuários gratuitos e pagos do Copilot

– Usuários gratuitos: a seleção automática alterna entre Claude Sonnet 4, GPT-5, GPT-5 mini e outros modelos, buscando equilibrar custo, latência e qualidade.
– Usuários pagos (GitHub Copilot): a experiência “principalmente” se apoia no Claude Sonnet 4, segundo a Microsoft, com ajustes dinâmicos quando detectado ganho claro em outra opção.

PlanoModelo padrãoAlternânciaObservações
GratuitoVários (auto)AltaAlterna entre Claude 4, GPT-5, GPT-5 mini e outros
PagoClaude Sonnet 4MédiaPrioriza qualidade e consistência; pode alternar quando vantajoso

Sinais estratégicos da Microsoft

Em paralelo à curadoria de terceiros (OpenAI e Anthropic), a Microsoft intensifica investimentos em modelos próprios. Em reunião interna recente, Mustafa Suleyman, líder de IA da empresa, afirmou que o modelo MAI-1-preview foi treinado em um cluster de 15 mil GPUs H100 — considerado “pequeno” frente à escala desejada — e que a companhia fará “investimentos significativos” em capacidade de treinamento. A leitura: além de orquestrar modelos parceiros, a Microsoft quer mais autonomia tecnológica.

“Vamos fazer investimentos significativos no nosso próprio cluster. Hoje, o MAI-1-preview foi treinado em 15.000 H100s, um cluster pequeno no quadro geral.”

Mustafa Suleyman, chefe de IA da Microsoft (reunião interna, setembro de 2025)

Outra frente é o Microsoft 365. Segundo reportagem do The Information, a suíte corporativa deverá incorporar modelos da Anthropic em partes do Copilot, após comparativos em tarefas de Excel e PowerPoint indicarem vantagem em alguns cenários sobre modelos da OpenAI. Em suma, a preferência pelo Claude 4 no VS Code é coerente com testes mais amplos em produtividade.

Relação com a OpenAI: novo capítulo, não ruptura

Apesar do ajuste prático a favor do Claude 4 em codificação, a parceria Microsoft–OpenAI segue estratégica. As empresas anunciaram recentemente um novo memorando de entendimentos (MoU) que pode abrir caminho para um IPO da OpenAI, além de flexibilizar o uso de provedores de nuvem rivais. A Microsoft já investiu mais de US$ 13 bilhões na OpenAI desde 2019 e mantém um acordo de compartilhamento de receitas complexo. A expectativa é de mais detalhes sobre a “próxima fase” dessa relação em breve.

  • Investimento acumulado: +US$ 13 bilhões desde 2019
  • MoU recente abre espaço para novas etapas contratuais
  • OpenAI pode usar nuvens rivais em certos cenários

Implicações para equipes de engenharia

Para times que já usam Copilot, a principal mudança é operacional: manter o “auto model” ativado e monitorar resultados. Caso haja regressão em tarefas críticas (por exemplo, geração de testes de integração), recomenda-se avaliar logs de prompts e, se necessário, fixar temporariamente um modelo específico até o ajuste do seletor. Em ambientes regulados, vale documentar a política de modelo preferencial e o racional de mudanças.

  • Defina métricas de qualidade (precisão, cobertura de testes, taxa de retrabalho)
  • Audite diffs gerados pelo Copilot antes de mesclar
  • Garanta telemetria de prompts para detectar regressões
  • Treine a equipe para instruções claras e contextos menores

Transparência, fontes e validação

As informações sobre o lançamento do “auto model” no VS Code estão documentadas no blog oficial do editor. Os relatos sobre a preferência por Claude 4 no Copilot e os comentários de executivos da Microsoft foram reportados por veículos especializados em tecnologia com base em e-mails e reuniões internas. Sobre Microsoft 365 e Anthropic, a apuração do The Information aponta uso de modelos da empresa em determinadas funcionalidades do Copilot. Histórico financeiro da parceria Microsoft–OpenAI está registrado em matérias e comunicados desde 2019.

Perguntas frequentes

  1. O que é o seletor automático de modelos no VS Code?

    Direto: um recurso do Copilot que escolhe o melhor modelo para cada tarefa. Expansão: ele avalia o prompt e o contexto do arquivo para alternar entre Claude 4, GPT-5, GPT-5 mini e outros, equilibrando qualidade e latência. Validação: descrito no blog oficial do VS Code (15/09/2025).

  2. Quem receberá o Claude 4 por padrão?

    Direto: assinantes do GitHub Copilot “principalmente” usarão Claude Sonnet 4. Expansão: contas gratuitas alternam mais entre modelos; pagas priorizam consistência e qualidade do Claude 4, com troca quando houver ganho claro. Validação: orientação pública da Microsoft e reportagens especializadas.

  3. Posso desativar o modo automático e escolher um modelo?

    Direto: sim, o usuário pode selecionar manualmente. Expansão: a Microsoft mantém opções de fixar um modelo quando necessário (ex.: regressões em tarefas críticas). Validação: prática comum nas integrações Copilot e confirmada pela documentação do editor.

  4. Por que não usar exclusivamente o GPT-5?

    Direto: benchmarks internos favoreceram o Claude 4 em muitas tarefas de código. Expansão: a escolha é pragmática, visando qualidade e confiabilidade no fluxo de desenvolvimento; o auto model ainda pode recorrer ao GPT-5 quando vantajoso. Validação: citação de Julia Liuson e cobertura especializada.

  5. Isso muda algo no Microsoft 365 Copilot?

    Direto: há indícios de uso de modelos Anthropic em partes do 365 Copilot. Expansão: testes internos teriam mostrado ganhos em tarefas de Excel e PowerPoint, guiando adoções específicas. Validação: apuração publicada pelo The Information.

Considerações finais

O seletor automático de modelos no Visual Studio Code marca uma fase mais madura da engenharia de copilots: em vez de discutir “qual LLM é melhor”, a Microsoft automatiza a orquestração e, no curto prazo, privilegia o Claude Sonnet 4 onde ele tem se saído melhor. Ao mesmo tempo, mantém a parceria estratégica com a OpenAI e investe em modelos próprios para ganhar independência. Para desenvolvedores, a recomendação é experimentar o auto model, medir impactos no ciclo de entrega e adotar controles quando necessário. A próxima onda de produtividade não virá de um único modelo, mas da escolha dinâmica do melhor modelo para cada tarefa.

Diogo Fernando

Apaixonado por tecnologia e cultura pop, programo para resolver problemas e transformar vidas. Empreendedor e geek, busco novas ideias e desafios. Acredito na tecnologia como superpoder do século XXI.

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