Thunderbolts* Resenha Filme (2025): A Marvel Busca Redenção ou Repete Fórmulas?

Thunderbolts (2025) é a mais recente tentativa da Marvel de recalibrar seu universo cinematográfico (MCU), focando em trauma, ação e anti-heróis. Este filme da Fase 5, dirigido por Jake Schreier, reúne personagens conhecidos como Yelena Belova e Bucky Barnes em uma missão sombria, mas será suficiente para revitalizar a franquia? Análises iniciais, como a do The Verge de maio de 2025, sugerem um esforço para retornar ao básico, resultando em um filme de ação direto, embora previsível. Prometemos uma análise aprofundada dos pontos fortes, fracos e o lugar de Thunderbolts* no MCU. Tempo estimado de leitura: 7 minutos.

Qual a Trama de Thunderbolts* Sem Spoilers?

Thunderbolts* acompanha um grupo de anti-heróis e vilões reabilitados do MCU, recrutados pela misteriosa Valentina Allegra de Fontaine (Julia Louis-Dreyfus) para missões secretas que os Vingadores não fariam. O filme se passa logo após os eventos de Capitão América: Admirável Mundo Novo, explorando um mundo ainda se recuperando do Blip e sentindo a ausência de uma equipe principal de heróis. A trama central gira em torno da dinâmica disfuncional da equipe, segredos de Valentina e uma ameaça que força esses párias a trabalharem juntos, mesmo desconfiando uns dos outros. A narrativa foca no trauma individual de cada membro e sua busca por propósito.

A missão inicial coloca Yelena Belova (Florence Pugh), John Walker/Agente Americano (Wyatt Russell), Guardião Vermelho (David Harbour), Treinadora (Olga Kurylenko) e Fantasma (Hannah John-Kamen) em rota de colisão, revelando as manipulações de Val. A chegada de Bucky Barnes (Sebastian Stan) complica ainda mais a situação, investigando as operações clandestinas da CIA.

Quem São os Anti-Heróis de Thunderbolts*?

A equipe Thunderbolts* é formada por personagens complexos e moralmente ambíguos, já introduzidos em filmes e séries anteriores do MCU. Seus passados conturbados e traumas são centrais para a narrativa: Yelena lida com o luto pela irmã Natasha e seu passado como Viúva Negra; Bucky carrega o peso de suas ações como Soldado Invernal; Walker busca redenção após sua desonra como Capitão América; Guardião Vermelho tenta ser uma figura paterna falha; Fantasma busca controle sobre seus poderes e liberdade; e a Treinadora segue ordens silenciosamente. Valentina age como a líder manipuladora, com sua assistente Mel (Geraldine Viswanathan) e o misterioso Bob (Lewis Pullman) completando o núcleo.

Quais os Pontos Positivos e Negativos de Thunderbolts*?

Thunderbolts* acerta ao trazer uma abordagem mais contida e focada nos personagens, mas tropeça em piadas fracas e uma trama previsível. A crítica do The Verge destaca a tentativa da Marvel de retornar a uma fórmula mais simples, similar aos filmes de fases anteriores. A dinâmica entre os personagens e a exploração de seus traumas pós-Blip são pontos elogiados, oferecendo uma visão mais sombria do MCU. As cenas de ação são bem coreografadas, aproveitando as habilidades únicas da equipe.

• Pontos Positivos: Foco nos personagens e seus traumas; Cenas de ação bem executadas; Química entre o elenco (especialmente Pugh e Stan); Tom mais sério e contido para o MCU.
• Pontos Negativos: Humor forçado e piadas que não funcionam; Trama considerada previsível e derivada (comparações com Esquadrão Suicida e Vingadores: Era de Ultron); Vilão considerado pouco inspirado; Necessidade de conhecimento prévio do MCU.

Como Thunderbolts* se Encaixa no Futuro do MCU?

Thunderbolts* funciona como uma peça de transição no MCU, lidando com as consequências de eventos passados e potencialmente estabelecendo novas dinâmicas de poder. Situado após Capitão América 4 e abordando diretamente o legado do Blip (Guerra Infinita / Ultimato), o filme explora o vácuo deixado pelos Vingadores originais. A consolidação da equipe sob o comando de Valentina e a interação com Bucky Barnes podem ter ramificações importantes para futuras tramas envolvendo espionagem, governo e anti-heróis. Ele reflete a estratégia da Marvel de possivelmente reduzir a escala e focar em histórias mais contidas, conforme apontado por fontes da indústria em 2024.

“Em Thunderbolts*, você pode ver claramente o estúdio tentando lidar com o fato de que as coisas saíram um pouco dos trilhos […] sua magreza e compromisso em trazer as coisas de volta à Terra é uma mudança de ritmo levemente refrescante.”

Charles Pulliam-Moore, The Verge (Maio, 2025)

O Asterisco no Título de Thunderbolts* tem Significado?

Sim, o asterisco em Thunderbolts* é intencional e relevante para a trama, embora seu significado completo seja um dos mistérios do filme. A Marvel confirmou que o asterisco não é um erro de digitação e faz parte do título oficial. Especulações sugerem que ele pode indicar uma condição, uma equipe não oficial, uma designação secreta, ou até mesmo uma reviravolta relacionada à natureza da equipe ou sua missão. O filme explora essa ambiguidade, tornando o próprio título um elemento de suspense e discussão entre os fãs.

Principais pontos

• Foco no Trauma: Thunderbolts* explora o impacto psicológico do Blip e do passado sombrio dos personagens.
• Ação Contida: O filme prioriza uma ação mais realista e coreografada, afastando-se da escala cósmica recente.
• Recepção Mista: Elogiado pela dinâmica do elenco e tom sério, mas criticado pelo humor fraco e trama previsível.
• Peça de Transição no MCU: Conecta eventos passados e pode configurar futuras tramas de espionagem e anti-heróis.
• Mistério do Asterisco: O ‘*’ no título é intencional e tem implicações na história.

Thunderbolts* Vale a Pena?

Thunderbolts* representa um passo calculado da Marvel para simplificar suas narrativas e focar em personagens complexos. Embora não seja a solução para todas as críticas recentes ao MCU, oferece um filme de ação sólido e sombrio, ancorado por um elenco carismático.

Se você busca uma história de super-heróis mais pé-no-chão, focada em anti-heróis e suas lutas internas, Thunderbolts* entrega. No entanto, se espera inovação ou um humor afiado no nível dos melhores momentos da Marvel, pode sair um pouco decepcionado. É um filme B competente dentro de um universo A, sinalizando talvez uma bem-vinda, ainda que tímida, mudança de direção para a franquia.