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Árbitros robôs fazem estreia histórica no All-Star Game MLB 2025

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O All-Star Game da Major League Baseball (MLB) de 2025, realizado no Truist Park, em Atlanta, marca a histórica estreia dos árbitros robôs no beisebol profissional dos EUA. A partida, que acontece nesta terça-feira, 15 de julho, utilizará oficialmente o Sistema Automatizado de Bolas e Strikes (ABS), uma tecnologia inspirada em câmeras Hawk-Eye já consagradas em esportes como tênis e críquete. O objetivo é modernizar e conferir precisão às decisões nos arremessos, preparando terreno para adoção plena na temporada regular a partir de 2026.

Como funciona o sistema ABS: tecnologia e desafio

O sistema ABS foi desenvolvido para analisar, por meio de várias câmeras pose-tracking Hawk-Eye, se um lançamento passou corretamente pela zona de strike sobre o home plate. Diferente dos árbitros humanos, o ABS define a zona como um retângulo bidimensional que corresponde a cerca de 53,5% a 27% da altura do rebatedor, medida pouco antes do jogo sem os cravos do calçado. Batters, arremessadores e árbitros podem contestar um chamado tocando o capacete em até dois segundos após a decisão — cada equipe tem direito a dois desafios sem sucesso por jogo e desafios ilimitados, desde que sejam confirmados como corretos pelo sistema.

  • Baseia-se em câmeras Hawk-Eye de alta velocidade
  • Cada jogador tem a altura medida antes da partida
  • Zona de strike definida geometricamente, diferente da visão dos árbitros
  • Desafios por gesto permitidos durante o jogo

Diferença entre ABS e árbitros humanos

Apesar do avanço tecnológico, o ABS determina a zona de strike de modo distinto dos árbitros humanos ou até mesmo do próprio regulamento oficial da MLB. Tradicionalmente, a zona compreende um “cubo” que abrange toda a extensão do home plate entre a metade do torso e a parte inferior dos joelhos do rebatedor. Já o ABS delimita uma área plana, que pode gerar interpretações divergentes e possíveis controvérsias durante as partidas. Mudanças de postura ou calçados podem, inclusive, afetar os limites da zona, como destacam especialistas citados em artigos recentes da TechSpot.

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Tecnologia Hawk-Eye: múltiplas câmeras analisam o trajeto da bola sobre o home plate.

Resultados dos testes e aceitação do público

Segundo dados apurados pela Associated Press nos testes conduzidos durante as ligas menores e jogos de pré-temporada desde 2019, pouco mais da metade dos desafios foi considerada correta. Rebatedores ganharam metade dos desafios em que contestaram, defesas levaram a melhor em 54%, catchers em 56% e arremessadores em 41%. Isso mostra que, apesar do alto índice de acerto do sistema, ainda há margem para interpretações humanas e possibilidades de erro – o que pode ser crítico em decisões de jogos históricos.

Impacto para o futuro do beisebol

Com a adoção prevista do sistema ABS na temporada regular de 2026, cresce o debate entre puristas e entusiastas do esporte: decisões emblemáticas — e controversas — que marcaram gerações podem deixar de acontecer. A precisão deve ganhar destaque, mas a emoção e o fator humano das decisões dos árbitros ficarão comprometidos? O Comitê de Competição Conjunta da MLB irá deliberar sobre a ampliação do uso desta tecnologia até o final do verão.

  • Debate sobre a “morte do erro humano” nas partidas
  • Expectativas altas para o All-Star Game em Atlanta
  • Possível adoção em todos os jogos em 2026

Desafios e controvérsias pela frente

A principal controvérsia gira em torno dos critérios que definem a zona de strike automatizada em relação aos métodos tradicionais. Mudanças de postura, tipos de calçado e até a subjetividade da postura do rebatedor podem afetar os parâmetros do ABS — algo que, para muitos especialistas, ainda limita a adesão total ao sistema. Além disso, nem todos os torcedores e profissionais se sentem prontos para abrir mão da intervenção humana em lances cruciais.

Considerações finais de árbitros robos MLB

A estreia dos árbitros robôs no All-Star Game de 2025 entra para a história como um momento-chave na evolução do beisebol. Se por um lado a busca por precisão e justiça no esporte avança, por outro desafia tradições centenárias e promete intensos debates entre torcedores, técnicos e atletas. Com a possibilidade de implementação definitiva já em 2026, as atenções de toda a comunidade esportiva se voltam para os resultados e a aceitação desta inovação sem precedentes.

  1. Como funciona o árbitro robô na MLB?

    O sistema utiliza câmeras Hawk-Eye para rastrear o trajeto da bola e determinar se ela passou pela zona de strike definida geometricamente. O ABS entrega decisões imediatas e pode ser contestado por jogadores e técnicos por meio de gestos específicos, com limites de desafios por equipe em cada partida. Isso traz objetividade, mas ainda está sujeito a limitações de configuração e interpretações.

  2. Quais são as principais diferenças do ABS para árbitros humanos?

    O ABS define uma zona de strike baseada em porcentagens objetivas da altura do jogador, enquanto árbitros humanos interpretam a zona com base no regulamento, postura e outros fatores situacionais. Essa diferença pode gerar novos tipos de polêmica e ajustes nas estratégias de jogo.

  3. Quando o sistema ABS será implementado oficialmente?

    A expectativa é que o árbitro robô seja adotado durante a temporada regular da MLB a partir de 2026, após avaliação dos testes no All-Star Game e decisão do Comitê de Competição Conjunta.

Diogo Fernando

Apaixonado por tecnologia e cultura pop, programo para resolver problemas e transformar vidas. Empreendedor e geek, busco novas ideias e desafios. Acredito na tecnologia como superpoder do século XXI.

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