Disney e YouTube TV acertam acordo e encerram apagão
Após duas semanas de blackout, a Disney e o YouTube TV anunciaram oficialmente um acordo que restaura os canais Disney, incluindo ABC, ESPN e FX, ao serviço de streaming de TV da plataforma. O anúncio foi feito na sexta-feira, 15 de novembro de 2025, e marca o fim de um impasse que afetou milhões de assinantes.
Tabela de conteúdos
Segundo as empresas, o novo contrato reconhece o valor do conteúdo da Disney e amplia a flexibilidade para os usuários do YouTube TV. Assim, além do retorno das redes, o acordo prevê que o novo serviço direto ao consumidor da ESPN será integrado à plataforma sem custo adicional. O YouTube também poderá oferecer pacotes combinando redes Disney e assinaturas do Disney+/Hulu.
“Estamos satisfeitos que nossas redes tenham sido restauradas a tempo para os fãs curtirem o fim de semana repleto de esportes, incluindo o futebol universitário”, disseram Alan Bergman e Dana Walden, copresidentes da Disney Entertainment, ao lado de Jimmy Pitaro, presidente da ESPN.
Declaração conjunta da Disney Entertainment
Impacto do apagão e reação dos assinantes
O apagão de duas semanas começou no início de novembro, interrompendo o acesso a populares canais de entretenimento e esportes. A ausência da programação causou frustração generalizada entre os assinantes do YouTube TV, especialmente entre os fãs de esportes e programas como “Jeopardy!”.
Uma pesquisa da Variety mostrou que cerca de 24% dos mais de 10 milhões de usuários afirmaram ter cancelado ou planejar cancelar suas assinaturas devido ao impasse. O YouTube, contudo, minimizou os números, afirmando que a rotatividade real de assinantes foi ‘gerenciável’. Durante o período, a empresa ofereceu um crédito de US$ 20 para compensar a interrupção do serviço.
Entenda o que mudou com o novo contrato da Disney e YouTube
- O serviço direto ao consumidor da ESPN será incluído no YouTube TV sem custos adicionais.
- O YouTube poderá oferecer pacotes com canais Disney, Disney+ e Hulu.
- Os canais ESPN, FX, National Geographic e ABC já começaram a ser restaurados para todos os assinantes.
- Novos modelos de distribuição proporcionam maior flexibilidade entre pacotes e assinaturas.
O acordo reforça a tendência de integração entre plataformas de streaming e grandes conglomerados de entretenimento. Para a Google (controladora do YouTube), a decisão fortalece seu posicionamento no mercado competitivo de TV ao vivo, enquanto a Disney amplia o alcance de suas redes e seu portfólio digital.
Histórico de disputas entre Disney e YouTube
Esta não é a primeira vez que as duas gigantes se desentendem sobre contratos de distribuição. Em 2022, houve uma paralisação semelhante, embora mais curta, também causada por divergências sobre valores de licenciamento e condições de oferta dos pacotes. Na ocasião, o YouTube ofereceu um crédito de US$ 15 aos usuários afetados — o que mostra um padrão de compensação e manutenção de fidelidade de clientes.
Os desentendimentos refletem a tensão crescente no mercado de streaming de TV, onde gigantes como Comcast, Paramount e Warner Bros. Discovery também enfrentam disputas contratuais semelhantes com provedores de conteúdo digital.
Declaração do YouTube e o futuro da plataforma
Em resposta ao público, o YouTube expressou satisfação com o acordo e agradeceu aos assinantes pela paciência durante as negociações. “Pedimos desculpas pela interrupção e agradecemos aos nossos usuários por confiarem que negociaríamos em nome deles”, afirmou o comunicado oficial.
Com mais de 10 milhões de assinantes, o YouTube TV se consolida como uma das principais alternativas aos pacotes tradicionais de cabo nos Estados Unidos, oferecendo programação ao vivo e sob demanda. O novo contrato com a Disney é visto como um reforço da credibilidade da plataforma e um passo estratégico para manter e aumentar sua base de usuários em meio à concorrência intensa com serviços como FuboTV, Hulu Live e Sling TV.
Perspectivas e implicações para o mercado de mídia
O acordo também sinaliza um novo capítulo nas negociações entre criadores de conteúdo e distribuidores digitais. À medida que mais consumidores abandonam a TV a cabo em favor do streaming, parcerias como a estabelecida entre Disney e YouTube TV tornam-se estratégicas para garantir sustentabilidade financeira e diversificação de oferta. A integração de serviços premium e pacotes de marcas, como Disney+ e Hulu, tende a moldar o futuro do consumo de mídia.
Além disso, o retorno da ESPN e ABC à grade do YouTube TV ocorre em um momento crucial do calendário esportivo norte-americano, assegurando audiência para eventos como o futebol universitário, a NBA e futuras coberturas esportivas exclusivas.
Perguntas frequentes sobre Disney e YouTube TV acertam acordo
Quando os canais da Disney retornam ao YouTube TV?
De acordo com o YouTube, os canais começaram a ser restaurados gradualmente no mesmo dia do anúncio, 15 de novembro de 2025.
Os assinantes precisam pagar mais pelo conteúdo da Disney?
Não. A inclusão do serviço direto ao consumidor da ESPN e demais canais Disney não trará aumento imediato para os atuais assinantes.
O que motivou o apagão?
A principal causa foi o desacordo contratual entre as empresas, relacionado a valores de licenciamento e formas de distribuição.
Há compensação para os usuários afetados?
Sim. O YouTube TV ofereceu um crédito de US$ 20 para os assinantes prejudicados durante o período de interrupção.
Como o acordo afeta o mercado de streaming?
A parceria reforça o movimento de convergência entre provedores de conteúdo e plataformas digitais, incentivando mais pacotes integrados e competitividade entre serviços.
Disney e YouTube TV acertam acordo: Considerações finais
Com o fim do apagão, Disney e YouTube TV reafirmam suas posições de liderança no mercado de streaming de TV ao vivo. O novo acordo não apenas restabelece a confiança dos assinantes, mas também redefine a maneira como plataformas de tecnologia e conglomerados de mídia colaboram para atender a um público cada vez mais exigente. Trata-se de um marco importante em uma era onde flexibilidade, conveniência e valor de conteúdo se tornaram essenciais para a fidelização de usuários.

