Eclipse solar parcial: o que esperar no domingo
O eclipse solar parcial de 21 de setembro de 2025 começa às 14h29 (BRT), atinge o máximo às 16h41 e termina às 18h53; será visível no Pacífico, Nova Zelândia, partes da Austrália e Antártica, e pode ser acompanhado online. O fenômeno ocorre quando a Lua se interpõe entre a Terra e o Sol, bloqueando parte da luz solar e criando a clássica “mordida” no disco solar. A janela de visibilidade mais favorável se concentra na Oceania, mas os efeitos fotométricos e as imagens ao vivo devem atrair curiosos no mundo todo. Abaixo, explicamos cada estágio, onde observar, o que esperar de luminosidade e sombras, e os cuidados indispensáveis para segurança ocular e de equipamentos.
Tabela de conteúdos
O que é e por que este eclipse solar parcial importa
Em um eclipse solar parcial, a Lua não cobre totalmente o Sol. Em vez disso, um segmento do disco solar é ocultado, gerando um perfil de crescente brilhante. Apesar de menos dramático que um eclipse total, o parcial oferece valiosas oportunidades de observação: a queda sutil da luminosidade ambiente, o resfriamento discreto do ar e as sombras em meia-lua que aparecem no chão quando a luz passa por folhagens ou estênceis com pequenos orifícios.
“Nunca olhe diretamente para o Sol sem proteção adequada, mesmo durante um eclipse parcial.”
Orientação de segurança — NASA
Segundo a NASA, a segurança é prioridade porque parte do disco solar permanece exposta. A luz intensa pode causar danos permanentes à retina sem dor imediata. Portanto, utilize apenas filtros certificados (ISO 12312-2) ou métodos indiretos, como projeção.
Linha do tempo do eclipse solar parcial (BRT)
Os horários abaixo referem-se ao tempo de Brasília, úteis para quem acompanha transmissões ao vivo e cobertura em tempo real.
Evento | Horário (BRT) | Observação |
Início do parcial (C1) | 14:29 | Primeira detecção em Samoa (Oceania) |
Expansão do parcial | 14:30–16:40 | Alcança ampla área do Pacífico, incluindo Fiji e Nova Zelândia |
Máximo do eclipse | 16:41 | Pico sobre região isolada do Pacífico; Nova Zelândia e Antártica com >70% do disco coberto |
Recuo do parcial | 16:42–18:52 | Lua desliza, devolvendo gradualmente a luz solar |
Fim do parcial | 18:53 | Último vislumbre em península remota da Antártica |
Como cada estágio se apresenta no céu
Primeiro contato (C1) — a borda lunar toca o disco solar pela primeira vez. Visualmente, o Sol parece sofrer uma pequena “mordida” em seu contorno. Com o avançar dos minutos, essa mordida se aprofunda e a luminosidade passa a parecer mais “fria”, mesmo que a redução total de luz ainda seja sutil a olho nu.
Profundidade do parcial — a Lua cobre uma fração crescente do Sol, desenhando uma crescente brilhante. Em áreas com cobertura mais alta, o contraste de sombras aumenta e reflexos em superfícies metálicas ou aquosas podem ficar mais suaves. É um bom momento para registrar sombras em meia-lua usando folhas de árvores como pinhole natural.
Máximo do eclipse — o ponto alto ocorre às 16h41 (BRT), quando a fração coberta atinge o pico. Em porções da Nova Zelândia e Antártica, a cobertura passa de 70%, transformando o Sol em um “sorriso luminoso”. Nesse instante, projete a luz através de um cartão com pequenos furos para ver múltiplas meias-luas nítidas no chão.
Fim do parcial — a Lua recua lentamente, e a “mordida” diminui até o disco solar recuperar sua forma circular. Na Antártica, o último segmento visível some por volta das 18h53 (BRT), encerrando o evento com uma transição suave de volta à luminosidade normal.
Onde ver e como acompanhar ao vivo
O traçado de visibilidade prioriza ilhas do Pacífico, a Nova Zelândia e regiões da Austrália, estendendo-se à Antártica. Se você está fora dessas áreas (por exemplo, no Brasil), a alternativa é acompanhar transmissões ao vivo de observatórios e instituições acadêmicas nessas localidades. Em dias de eventos astronômicos, universidades e canais especializados costumam transmitir imagens telescópicas com filtros solares, além de comentários de especialistas.
Antes de iniciar qualquer tentativa de observação, verifique a previsão do tempo local. Nuvens baixas e neblina costeira podem afetar a visibilidade principalmente em áreas oceânicas. Para quem acompanha online, a estabilidade da conexão é mais importante do que a resolução máxima do vídeo; uma transmissão fluida tende a mostrar melhor a evolução do contorno lunar no disco solar.
Segurança: como observar sem risco
Segurança visual é inegociável. Jamais use óculos escuros comuns, radiografias, filmes fotográficos antigos ou vidros enegrecidos. Eles não bloqueiam a radiação prejudicial. Prefira óculos ou filtros com certificação ISO 12312-2. Alternativamente, observe por métodos indiretos, como um projetor de estenopo (pinhole): um pequeno furo em um cartão projetará o Sol em uma superfície clara, revelando a fase de crescente com segurança total.
- Use filtros certificados ISO 12312-2 em óculos e telescópios.
- Nunca aponte binóculos ou câmeras para o Sol sem filtro frontal adequado.
- Prefira projeção (pinhole) se não tiver filtros confiáveis.
- Supervisione crianças e mantenha os olhos protegidos o tempo todo.
“Filtros solares devem ser colocados na frente da objetiva do instrumento, nunca no ocular.”
Boas práticas de observação — recomendação geral de instituições astronômicas
Dicas para fotografar o eclipse solar parcial
Para fotografia, o princípio é o mesmo: filtro solar de qualidade na frente da lente (ND solares específicos). Em smartphones, adaptadores com filtros solares ajudam, mas a melhor estratégia para iniciantes é fotografar a projeção do Sol (pinhole) no chão ou em uma tela branca. Em câmeras, use ISO baixo (100–200), ajuste a velocidade conforme a exposição com o filtro e faça bracketing leve. Tripé e disparo temporizado reduzem tremor. Lembre-se: sem filtro solar adequado, há risco para o sensor e para seus olhos.
Validação, fontes e contexto
Os horários e descrições de visibilidade deste artigo foram conferidos com materiais educacionais da NASA e cobertura especializada do Space.com. As recomendações de segurança seguem padrões amplamente adotados por comunidades de astronomia amadora e profissional e pela indústria de filtros certificados (ISO 12312-2). Caso as condições meteorológicas mudem, os horários locais de visibilidade e a qualidade das imagens podem variar.
Dá para ver o eclipse do Brasil?
Resposta direta: não visível a olho nu no Brasil neste evento. Expansão: a faixa de visibilidade favorece o Pacífico, Nova Zelândia, partes da Austrália e Antártica. Do Brasil, a melhor opção é acompanhar transmissões ao vivo de observatórios nessas regiões. Validação: horários e regiões conforme NASA e Space.com; verifique links oficiais.
Que horas são os principais momentos (BRT)?
Resposta direta: início 14h29, máximo 16h41, fim 18h53. Expansão: esses horários referem-se ao desenvolvimento global em BRT, com o máximo sobre área isolada do Pacífico e melhor cobertura na Nova Zelândia/Antártica. Validação: checado em guias da NASA e Space.com.
Posso usar óculos escuros comuns para observar?
Resposta direta: não. Expansão: óculos escuros comuns não bloqueiam radiação nociva e podem causar danos irreversíveis à visão. Use filtros certificados ISO 12312-2 ou métodos de projeção (pinhole). Validação: orientação de segurança amplamente divulgada pela NASA e instituições de astronomia.
Como fotografar o eclipse com segurança?
Resposta direta: sempre com filtro solar próprio. Expansão: coloque o filtro na frente da lente (câmera ou telescópio), use ISO baixo, tripé e exposição ajustada; em smartphones, prefira fotografar a projeção. Validação: recomendações práticas adotadas por astrônomos amadores e manuais de boas práticas.
Por que aparecem sombras em meia-lua?
Resposta direta: é a projeção da forma do Sol parcialmente coberto. Expansão: quando a luz passa por pequenos orifícios (folhas, estêncil), projeta a silhueta do Sol no chão, revelando várias meias-luas nítidas no máximo do eclipse. Validação: fenômeno óptico consistente com princípios de pinhole e observado em eclipses parciais.
Considerações finais
O eclipse solar parcial deste domingo oferece uma oportunidade segura de aprendizado e encantamento, especialmente para quem está na Nova Zelândia e áreas do Pacífico. Mesmo fora da faixa de visibilidade direta, o público pode acompanhar ao vivo e observar fenômenos curiosos como as sombras em meia-lua. Com planejamento simples, filtros certificados e atenção aos horários (14h29–16h41–18h53, BRT), é possível aproveitar o espetáculo com segurança e registro fotográfico responsável. Fique atento às condições meteorológicas locais e às atualizações de instituições como a NASA e canais especializados.