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OpenAI fecha acordo com Google Cloud e rompe exclusividade com Microsoft

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A OpenAI anunciou em 10 de junho de 2025 um acordo inesperado com o Google Cloud para ampliar sua infraestrutura de computação em nuvem. Com isso, a criadora do ChatGPT expande o acesso a servidores avançados e desafia o domínio exclusivo da Microsoft Azure, sua fornecedora desde 2019. O movimento visa suprir a crescente demanda computacional da empresa, que já fatura US$ 10 bilhões anuais, segundo informações da Reuters. O acordo foi fechado em maio, após meses de negociação, e reflete a necessidade urgente de recursos para treinar modelos de IA cada vez mais robustos.

Por que o acordo OpenAI-Google Cloud surpreende?

A surpreendente parceria entre OpenAI e Google Cloud se dá mesmo em meio à intensa rivalidade no setor de IA. O Google, com seu laboratório DeepMind, compete diretamente com a OpenAI no desenvolvimento de inteligência artificial de ponta e aplicativos para o consumidor. A ChatGPT, principal produto da OpenAI, é considerada pela imprensa global como a ameaça mais grave ao negócio de busca do Google em anos, o que torna o acordo ainda mais simbólico. Apesar disso, segundo o CEO do Google, Sundar Pichai, a corrida pela liderança em IA não é “tudo ou nada” — indicando espaço para parcerias estratégicas mesmo entre concorrentes diretos.

Mudança de rumo: do Azure ao multicloud

Desde 2019, a OpenAI mantinha uma relação exclusiva com a Microsoft, que investiu bilhões de dólares na startup e fornecia capacidade computacional por meio do Azure. Entretanto, com a explosão da demanda e a necessidade de mais servidores dedicados a IA, a OpenAI buscou ampliar sua infraestrutura. Relatórios anteriores já indicavam que a OpenAI procurava alternativas além do Azure — como Google, SoftBank e Oracle — em busca de flexibilidade, velocidade e acesso a chips de última geração.

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Como Google Cloud fortalece a OpenAI?

Com o novo acordo, o Google Cloud fornecerá poder adicional de processamento, especialmente com seus chips especializados, os Tensor Processing Units (TPUs), semelhantes aos GPUs da Nvidia, mas otimizados para tarefas de IA. A Google já abastece outras líderes do setor com grande necessidade de computação sofisticada, como Apple e Anthropic. O Google Cloud faturou US$ 43 bilhões em 2024, cerca de 12% da receita da Alphabet, e busca se consolidar como provedor neutro e atraente para startups e gigantes de IA — concorrendo diretamente com Amazon AWS e Microsoft Azure.

Desdobramentos para o setor de IA e computação em nuvem

A ampliação do portfólio de parceiros indica uma tendência de arquitetura multicloud no mercado de IA. Além do Google, a OpenAI está envolvida em iniciativas de megainfraestrutura, como o projeto Stargate com SoftBank e Oracle — um investimento estimado em US$ 500 bilhões. Outro movimento estratégico é o desenvolvimento do primeiro chip proprietário da OpenAI, que pode reduzir a dependência de fornecedores como a Nvidia. Paralelamente, Microsoft e OpenAI estão renegociando os termos dos mega-aportes, redefinindo participações e novas fases da colaboração.

Qual a repercussão do acordo no mercado de tecnologia?

O acordo sinaliza que, mesmo em meio à feroz competição, colaborações pontuais podem ser benéficas para o avanço da IA. Abrir mão da exclusividade favorece inovação, segurança e aceleração no desenvolvimento, beneficiando o ecossistema global. Para o Google, consolidar a imagem do Cloud como plataforma aberta e equipada com hardware proprietário — os TPUs — amplia sua relevância diante de Microsoft e Amazon. Resta acompanhar se a parceria impulsionará novos saltos de desempenho dos modelos de IA ou possíveis mudanças no equilíbrio entre os grandes players do setor.

Background e próximos passos na corrida da IA

O anúncio é só o capítulo mais recente de uma disputa que se acirra desde a fundação da OpenAI, em 2015. De lá para cá, a startup de Sam Altman atraiu aportes vultosos de Microsoft e garantiu protagonismo com o ChatGPT, obrigando o Google a reagir com novidades no Bard e no DeepMind. O modelo de expansão para múltiplas nuvens pode ser visto como a nova norma para organizações que buscam resiliência e escala global. A expectativa é que os próximos meses tragam novos acordos, avanços nos chips próprios e reviravoltas na composição societária das gigantes.

Pontos-chave da notícia

  • OpenAI fecha acordo com Google Cloud, rompendo exclusividade com Microsoft Azure
  • Parceria atende à necessidade de computação massiva para IA
  • Google fornece os TPUs, chips de alto desempenho para IA
  • OpenAI aposta em múltiplos parceiros: Google, SoftBank, Oracle e também chips próprios
  • Acordo ilustra colaboração estratégica mesmo entre rivais históricos
  1. Por que a OpenAI buscou o Google Cloud mesmo sendo rival do Google?

    A OpenAI buscou o Google Cloud devido à urgência por mais poder computacional para treinar e rodar seus modelos, mesmo diante da concorrência direta. A escala e os chips TPUs da Google preencheram lacunas deixadas pelo Azure. A colaboração estratégica ocorre quando o ganho mútuo supera a rivalidade temporária, comum em tecnologia de ponta.

  2. Como o acordo impacta a parceria entre Microsoft e OpenAI?

    O acordo marca o fim da exclusividade da Microsoft, mas não encerra a parceria. Microsoft e OpenAI continuam colaborando e revisam os termos de aportes e uso do Azure. A relação tende a se adaptar ao novo cenário de múltiplos fornecedores. A diversificação tornou-se essencial diante das demandas do setor de IA.

  3. Quais são os próximos passos da OpenAI em infraestrutura?

    Além do acordo com o Google Cloud, a OpenAI foca no desenvolvimento de infraestrutura própria, como chips dedicados e o projeto Stargate de megacentro de dados. A empresa busca reduzir dependência de terceiros e aumentar resiliência. Espera-se novas parcerias e evolução tecnológica nos próximos meses.

Considerações finais

A entrada do Google Cloud nos bastidores da OpenAI é um capítulo inédito e emblemático da nova era da inteligência artificial. A decisão rompe paradigmas de exclusividade, estimula um mercado mais flexível e competitivo, e pode acelerar o avanço de tecnologias de IA para empresas e usuários. Observar como Microsoft, Google, OpenAI e outros irão redesenhar suas estratégias nos próximos anos será fundamental para entender o futuro do setor.

Diogo Fernando

Apaixonado por tecnologia e cultura pop, programo para resolver problemas e transformar vidas. Empreendedor e geek, busco novas ideias e desafios. Acredito na tecnologia como superpoder do século XXI.

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