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SSD usado vale a pena? 5 cuidados essenciais

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SSD usado pode render economia relevante para quem precisa de mais espaço sem ultrapassar o orçamento. Em 2025, modelos novos de 2 TB ainda superam R$ 1.000 no varejo brasileiro, o que empurra muita gente ao mercado de segunda mão. Mas, diferente de outros componentes, a vida útil do SSD está diretamente ligada ao volume de dados gravados. Neste guia, você aprende como avaliar saúde (TBW/SMART), compatibilidade (SATA, M.2, NVMe), preço versus tecnologia, inspeção física e testes obrigatórios para comprar sem dor de cabeça.

1) Priorize a saúde do SSD (TBW e SMART)

A métrica-chave de durabilidade de um SSD é o TBW (Terabytes Written), que indica quantos terabytes o fabricante garante que podem ser escritos ao longo da vida útil. Antes de concluir a compra, peça um print de um utilitário de diagnóstico, como o CrystalDiskInfo, exibindo os atributos SMART. Verifique, no mínimo, três pontos: Status de Saúde (ideal “Saudável” ou “Bom”), Total Host Writes/Total de Gravações e horas de uso. Se o status estiver abaixo de 90% ou o Total Host Writes já tiver consumido 70%–80% do TBW estimado para o modelo, reavalie o negócio — o desconto precisa compensar o desgaste.

  • Peça evidências: print nítido do CrystalDiskInfo com modelo e número de série visíveis.
  • Compare o Total Host Writes com o TBW oficial do fabricante para o exato modelo.
  • Desconfie de dados divergentes entre anúncio e captura de tela.

Para SSDs, a saúde informada por SMART e a relação com o TBW são a melhor proxy pública de desgaste de células.

Documentação técnica dos fabricantes
SSD usado vale a pena?
Verificar saúde do ssd usado é obrigatório ao comprar

2) Compatibilidade: formato, interface e tamanho

Comprar o SSD certo vai além do conector. Há três decisões: formato (2,5″ SATA ou M.2), interface (SATA ou NVMe/PCIe) e comprimento físico do M.2 (2230/2242/2260/2280). Quase todas as placas-mãe suportam SATA 2,5″, mas o ganho de desempenho está nos M.2 NVMe. Atenção: nem todo slot M.2 aceita NVMe; algumas placas mais antigas suportam apenas M.2 SATA. Verifique no manual da sua placa-mãe e no site do fabricante a compatibilidade do slot, o comprimento aceito (2280 é o mais comum) e, em NVMe, a geração PCIe (3.0/4.0/5.0), que impacta velocidade máxima.

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FormatoInterfaceVelocidade típicaObservação
2,5″ SATASATA 6 Gb/saté ~550 MB/sAlta compatibilidade
M.2 SATASATA 6 Gb/saté ~550 MB/sExige slot M.2 compatível
M.2 NVMePCIe 3.0/4.0/5.03.000–7.000+ MB/sChecar geração e comprimento

3) Preço x tecnologia: quando o usado compensa

O mercado de usados não tem tabela unificada. Um SSD SATA premium usado pode custar o mesmo que um NVMe de entrada novo com garantia completa. Na maioria dos cenários, o NVMe novo vencerá em desempenho e previsibilidade. O SSD usado passa a valer a pena quando: (a) a saúde está excelente e muito abaixo do TBW; (b) o preço é agressivo em relação a um novo equivalente; (c) o ganho de performance atende sua necessidade (por exemplo, um NVMe PCIe 3.0 usado confiável por preço de SATA novo).

  • Regra prática: quanto maior a capacidade, mais relevante checar o TBW remanescente.
  • Evite pagar “preço de novo” em peças com saúde <95% ou sem garantia.
  • Considere custo total: adaptadores, dissipador M.2 e frete.

4) Inspeção física: conectores, PCB e sinais de uso

Mesmo sem partes móveis, SSDs podem apresentar danos físicos. Em compra presencial, examine conectores SATA e M.2 em busca de trincas, oxidação e contatos tortos. Observe o PCB (placa) atrás da etiqueta: procure por marcas de queimadura, componentes soltos ou arranhões profundos. Verifique parafusos e suporte do slot M.2 do seu gabinete/placa-mãe, garantindo que o comprimento do SSD encaixe sem forçar. Em compras online, solicite fotos nítidas de todos os ângulos e, se possível, um vídeo mostrando inicialização e captura do SMART.

  • Peça fotos macro dos conectores e do verso do PCB.
  • Desconfie de etiquetas rasgadas próximas a controladores e NAND.
  • Evite unidades com sinais de oxidação, empeno ou reparo amador.
ssd usado vale a pena?, print com ssds
Lista de produtos de SSD usado

5) Segurança na compra e testes obrigatórios

Prefira plataformas com proteção ao comprador e política de devolução clara (ex.: 7 dias). Assim que receber o SSD, siga um checklist simples: validar saúde no CrystalDiskInfo, limpar a unidade, testar velocidade e, se algo destoar do anúncio, acionar a garantia e devolver.

  • Verifique SMART/TBW: confirme saúde, Total Host Writes e horas de uso.
  • Formate totalmente: remova partições e faça uma limpeza segura quando aplicável.
  • Teste desempenho: use AS SSD Benchmark ou similar e compare com os números do fabricante.
  • Teste estabilidade: copie arquivos grandes e rode um verificador de integridade.
  • Guarde evidências: prints dos testes e vídeo de eventuais falhas.

Como interpretar TBW, SMART e horas de uso

O TBW é informado pelo fabricante para cada modelo/capacidade e pode variar bastante. Em paralelo, os atributos SMART trazem estatísticas de uso coletadas pelo drive: Total Host Writes, contagem de liga/desliga e horas de funcionamento. Isoladamente, horas altas não invalidam a compra se o consumo de TBW for baixo e não houver reallocated sectors, erros de leitura persistentes ou throttling térmico. Já um Total Host Writes elevado em relação ao TBW indica desgaste real das células NAND, reduzindo a expectativa de vida útil.

  • Priorize o consumo relativo de TBW e a saúde percentual.
  • Investigue erros SMART recorrentes (ex.: CRC, leitura, bad blocks).
  • Cheque se há atualização de firmware que corrija bugs conhecidos.

Para a maioria dos usuários, um SSD com saúde ≥95% e baixo consumo de TBW tende a oferecer longa vida útil em uso doméstico ou gamer.

Boas práticas de manutenção de SSD

Checklist rápido de decisão ao Comprar um SSD usado

  • Compatibilidade confirmada (formato, interface, tamanho, geração PCIe).
  • Saúde ≥95% e consumo de TBW compatível com o preço pedido.
  • Sem danos físicos ou sinais de reparo.
  • Preço inferior ao de um novo equivalente com garantia.
  • Plataforma com proteção ao comprador e devolução fácil.
  1. Como saber o TBW do meu SSD?

    Resposta direta: consulte a ficha técnica do modelo e o SMART. Expansão: o TBW exato varia por capacidade; veja no site do fabricante pelo código do produto e compare com o Total Host Writes mostrado no CrystalDiskInfo. Validação: guarde prints para negociar preço.

  2. SSD usado com 90% de saúde é negócio?

    Resposta direta: só se o preço compensar bem. Expansão: 90% indica algum desgaste; avalie o consumo relativo de TBW, horas de uso e erros SMART. Se o valor não for significativamente menor que o de um novo, prefira peça nova. Validação: compare com números de fábrica.

  3. M.2 é sempre mais rápido que 2,5″ SATA?

    Resposta direta: apenas se for NVMe/PCIe. Expansão: M.2 é formato; pode ser SATA ou NVMe. M.2 SATA tem limite de ~550 MB/s, igual ao 2,5″ SATA. NVMe em PCIe 3.0/4.0 supera largamente. Validação: confirme a interface do slot no manual da placa-mãe.

  4. Quais testes fazer após receber o SSD?

    Resposta direta: SMART, formatação e benchmark. Expansão: valide saúde no CrystalDiskInfo, execute formatação/limpeza segura e rode AS SSD Benchmark para medir leitura/escrita. Faça cópia de arquivos grandes e cheque integridade. Validação: registre prints e vídeos para acionar devolução.

  5. É seguro comprar em classificados online?

    Resposta direta: use plataformas com proteção e devolução. Expansão: prefira meios com pagamento intermediado e prazo de 7 dias para testes. Evite anúncios sem fotos claras e sem prints do SMART. Validação: mantenha comunicação dentro da plataforma.

Considerações finais sobre Comprar um SSD usado

Comprar um SSD usado pode ser uma ótima estratégia para ganhar espaço e performance pagando menos — desde que a saúde esteja comprovada, a compatibilidade seja garantida e o preço reflita o desgaste. Foque em evidências objetivas (TBW/SMART), verifique formato e interface, inspecione o estado físico e teste tudo assim que o pacote chegar. Com método e senso crítico, é possível fechar um bom negócio e aproveitar seu armazenamento por muitos anos.

Diogo Fernando

Apaixonado por tecnologia e cultura pop, programo para resolver problemas e transformar vidas. Empreendedor e geek, busco novas ideias e desafios. Acredito na tecnologia como superpoder do século XXI.

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